terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Naquele dia


Naquele dia, apesar de apaixonados, os dois não fizeram amor.
Naquele dia não houve meiguice, não houve cuidado, não houve doçura.
Naquele dia ele não a acarinhou como sempre fazia, com vagar, languidamente.
Naquele dia ele não a chamou de querida, não soltou seus cabelos.
Naquele dia ele não falou palavras doces sobre seu cheiro,sua pele ou sua boca.
Naquele dia ele a comeu. Simples assim.
Ele a amarrou, vendou e despiu com pressa. Colou seu corpo no dela, caiu de boca em seu sexo. A fez se contorcer, a fez gritar, a fez tentar fugir dos golpes de sua língua travessa e safada.
Deixou que ela se debatesse num doce desespero, que chamasse seu nome num misto de súplica e desejo:
- Pára, por favor...
- Hum, você não ta sendo convincente...
- Por favor... Por favor...
- Me chame de Mestre...
Ela protestou fracamente:
- Nunca vou te chamar de Mestre...
E ele continuou as investidas cada vez mais rápidas e cada vez mais incisivas.
Ela se rendeu:
- Tá bom, tá bom: pára, Mestre!
- Fala de novo.
- Pára, Mestre!
- De novo!
Ela não tinha mais forças pra falar. O corpo não mais respondia, os lábios ressequidos.
Ele retorquiu:
- Você não entendeu ainda? Você é minha e eu faço com você o que eu quiser...

Um comentário:

ılıFabricioıllı disse...

UaaaUuUu que casal...! quanta compreensão...
o momento manda...e mandou bala.!

Bjo.