domingo, 11 de outubro de 2009

Ainda o Leão e a Senhora


Tem horas que seu corpo não mais lhe pertence. Nesses momentos é que se sabe que lutar contra não adianta.
E foi assim que ele se viu: indefeso. Por um momento ela percebeu que ele não acreditava no que estava acontecendo; não assim no meio da visita social, no meio da sala, no meio de uma confusão de sentimentos e sensações que ele, pelo menos nunca havia experimentado.
Começou com uma carícia até sutil. Sentado lado a lado folheavam uma revista quando a mão dela roçou de leve seu pênis por cima da calça. Ele pensou “foi um lapso”, mas o lapso se repetiu e se repetiu e não havia mais como ignorar o que ela tão conscientemente fazia.
Ele atirou o livro longe: foi parar a metros de distância, aberto, as páginas dobradas. Em outra ocasião ele soltaria um esgar raivoso, mas não agora, não no momento em que seu corpo gritava pra ser satisfeito por ela.
Bocas se encontraram curiosas, sôfregas. Peças de roupa foram retiradas com urgência entre arranhões, gemidos e lambidas. “Ele é dono de uma pele tão branca... - pensou ela enquanto o despia – e de um cheiro tão bom...”
Ele, por sua vez, não pensava. Não havia tempo pra isso: não quando ela o abraçava contra os seios gemendo, pedindo que a possuísse rápido, ali mesmo no chão da sala:
- Vem – ela murmura baixinho – vem por favor...
Novamente, o Leão e a Senhora não se contém. Mas quem pode?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Só um beijo ( da Senhora para o Leão)


Eu precisava provar aquela boca. Fiquei vidrado naquela boca carnuda e a única coisa que eu pensei foi em como deveriam ser macios aqueles lábios.
Porém, não tenho as manhas de me abrir, de "chegar conquistando". É difícil de demonstrar quando eu gosto ou tenho atração por alguém. Assim achei que minha chance nunca chegaria. Ledo engano.
Um convite para um programa em grupo abriu as portas pra que eu realizasse meu sonho. Sentado a mesa a observei do outro lado da mesa do barzinho lotado enquanto bebericava meu chope. Em certo momento ela me olhou e, que olhar foi aquele?! Me esquentou por dentro. Dando uma desculpa qualquer, levantei da mesa pra não dar tanto na cara.
Dirigi-me ao banheiro pensando: “uma boa jogada de água na cara e as coisas se esclarecem”. Mal entrei no cubículo quando fui fechar a porta senti uma certa resistência. Era ela segurando a maçaneta:
- Oi...
- ...
- Depois daquele olhar você achou que eu ia ficar na mesa?
Essa foi a minha deixa: juntei toda a coragem que tinha e a puxei pra perto. Ela se desvencilhou apenas pra fechar a porta do banheiro e eu a beijei.
Aquela boca com a qual eu sonhara tanto tempo era muito melhor na realidade. O toque da língua, o cheiro dela... Tudo aquilo foi me deixando louco.
Então, ela deu o golpe de misericórdia: gemeu. Eu não consigo me conter quando uma mulher geme, ainda mais quando o gemido daí meio estrangulado, baixinho daquele jeito.
Ela deslizava as mãos pelas minhas costas, entrelaçava os dedos entre meus cabelos, me envolvia os ombros com os braços. Colei meu corpo no dela, esmagando seus seios contra meu peito e constatei: ah, meu deus, ela estava sem sutiã. Era demais pra mim: enfiei minhas mãos por debaixo da blusa dela querendo sentir os mamilos intumescidos:
- Não, espera...
- Não consigo - respondi
Com pressa tirei a blusa dela e cai de boca. Ela parou de resistir e procurou o zíper da minha calça.
Meu pau estava tão duro que assim que foi retirado de dentro da calça eu soltei um suspiro de satisfação. Procurei o caminho entre as coxas dela, subindo sua saia até a cintura revelando uma calcinha branca minúscula e já molhada.
Que delícia sentir aquela umidade em meus dedos. Afaguei o grelinho dela com vagar e meus dedos escorregavam no néctar que saía dela.
Ali não havia como transar então decidimos apenas nos acariciar: eu com os dedos dentro dela. Ela com meu pau em suas mãos me batendo uma punhetinha deliciosa.
Pra quem só queria um beijo...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cunhado

Fins de semana com gente desconhecida nunca foi um programa interessante. Especialmente se é a primeira vez que você visita a casa deles. Mas esses passeios têm suas compensações se existe um cunhado altamente comível...
Depois de algum tempo de estrada eu só queria descansar. A poeira, o tempo seco, o calor tudo me deixou com dores no corpo e com certo mal humor.
Pra meu desapontamento advinha se não tive que chegar a casa e topar com duas coisas que detesto: fazer média com gente chata e agüentar hipocrisia entenda-se quartos separados com meninas pra um lado, meninos pra outro... Sem comentários. Mas casa dos outros é casa dos outros e eu não tinha escolha a não ser me resignar.
Larguei minha mala em cima da minha cama e já ia me despindo quando ouvi uma voz:
- Ã... oi! Vc deve ser a Marina.
Recoloquei a blusa correndo, coração aos pulos:
- Ai, me desculpa, não sabia que tinha alguém aqui.
- Sem problemas. Meu nome é Rafael sou o irmão mais velho do Luciano.
- Muito prazer Rafael. E você acertou: eu sou a Marina.
Estendi a mão pra ele e ele a tomou. Tinha uma mão quente com um aperto firme e lindos olhos negros.
- Você chegou faz tempo, Rafael?
- Chegamos minha noiva, a Gabriela, e eu ontem.
- Ah, vc está noivo?
- Sim, me caso em setembro.
- Parabéns! Está animado?
- Estou sim. Mas a Gabi ta ficando louca com tantos preparativos...
- Ô Rafael, amoooor, cade vc? – era Gabriela quem chamava
- Aqui no quarto!
Gabriela entra com uma revista na mão:
- Amor, olha que lindo esse vestido eu... ah, oi! – disse me olhando
- Oi, você é a Gabriela, né? Eu sou a Marina, namorada do Luciano.
- Ah, você é a famosa Marina? O Luciano fala muito de você.
- Bem ou mal?
- Bem, claro...
- Estou só brincando com você.
Admirei o bonito casal que eles formavam. Ela era ruiva, mignon, com um par de seios lindos emoldurados por uma blusa com generoso decote. Sorri:
- Bom, melhor ir procurar o Lu senão ele vai pensar que eu sumi – gracejei
Saí em busca do Luciano e o encontrei na cozinha fazendo um café:
- Oi, Coração! Gostou da casa?
- Muito. É uma casa muito gostosa, querido.
Ele sorriu.
- Ah, conheci seu irmão e sua cunhada também.
- Já?
- Pois é. Batemos um papo rápido. Simpáticos.
- Quer café? Ta fresquinho. Pegue uma xícara pra você.
Sentamos a mesa e tomamos nosso café. O dia findava.
Após o café, como estava um tanto cansada, decidi tirar uma soneca antes do jantar. Convidei Luciano pra me acompanhar,mas ele já havia sido recrutado pra ir ao supermercado. Assim me larguei na cama de roupa e tudo esperando acordar no máximo umas duas horas depois. Qual não foi minha surpresa quando olhei no relógio e eram três da manhã! Claro que havia perdido o jantar e morta de fome decidi dar um pulinho na cozinha.
Troquei de roupa, coloquei a camisola que havia levado e pé ante pé fui pra cozinha. Dei sorte: em cima da pia havia uma lata de sorvete de chocolate que, ao que tudo indicava alguém tinha se esquecido de guardar.
Investigando dentro dos armários achei pratinhos de sobremesa e colheres, e me servi de uma boa quantidade. Ao me virar pra retornar ao meu quarto, esbarro em Rafael:
- Nossa que susto! – disse. É a segunda vez hoje que eu não vejo você...
Ele sorriu:
- Gosta de sorvete pelo visto...
Fiquei meio sem jeito:
- Sim. Sou meio esganada pra sorvete de chocolate E você? Gosta de sorvete, Rafael?
- Sim. Muito.
Peguei um pouco com a colher e levei o doce à boca; no meio do caminho um pouquinho caiu no meu queixo e colo.
Percebi que Rafael sutilmente seguiu o caminho que o sorvete fez em direção ao vale entre meus seios. Fingi nada perceber:
- Ai droga, babei sorvete. Tem um guardanapo aí?
- Não. Mas pode deixar que eu limpo.
E dizendo isso, Rafael colocou seu rosto entre meus seios e lambeu o sorvete que lá havia.
Fiquei paralisada olhando pra ele.
- Durma bem, Marina...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Silêncio


E como ele quer que eu transe quietinha? Justo eu, que amo fodê-lo gemendo, que amo tê-lo entregue, que me delicio ouvindo a respiração ofegante dele?
Uma boa foda tem que ser barulhenta,mas como negar o desejo dele, se toda a família estava do outro lado da porta?
Jurei vingança. E emudeci.

terça-feira, 12 de maio de 2009

domingo, 26 de abril de 2009

A depilação - parte 2

Os dias passaram e o telefonema não saía da cabeça de Má:
- Quer saber, vou tentar! Quem sabe eu até não curta...
Aproveitou um dia menos corrido em casa, comprou um barbeador novo, espuma e...
Que aflição Má sentiu!Um medo enorme de se cortar, de escapar o aparelho de suas mãos, das pequenas fissuras nos lábios, mas ainda assim a idéia de ver o rosto de Fá diante de sua xoxotinha lisinha venceu qualquer receio que ela pudesse ter.
Com vagar se despiu, ligou a água do chuveiro para que fosse esquentando. Entrou debaixo da tepidez úmida e com cuidado encheu sua mão com o creme fazendo um pouco de espuma. Espalhou com cuidado nos pelos castanhos escuros que revestiam seus grandes lábios.
Com cuidado começou o trabalho. Puxava o aparelho de cima pra baixo acompanhando a direção dos pêlos. Ficou admirada em ver o quanto eram bastos e relativamente grossos. A sensação de estar se desnudando tão intimamente a excitou. Com as mãos trêmulas ia pouco a pouco, revelando mais um pedaço de sua intimidade e mais outro e mais outro... no princípio fora fácil,mas havia lugares mais difíceis de alcançar e foi com a respiração suspensa que abriu seus grandes lábios e raspou os últimos pêlos dentro dela.
Por fim decidiu ver se o trabalho estava bem feito. Saiu debaixo da água e contemplou-se no grande espelho de seu banheiro:
- Nada mal pra uma principiante...
Sentia-se safada e ao mesmo tempo envergonhada. Em seu íntimo ela se percebeu muito mulher, mas mesmo assim parecia-lhe ter feito algo proibido:
- Minha xoxotinha está ressabiada... – riu-se – está tão nua...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Depilação


- Má eu podia te pedir uma coisa?
- Fala, Fá.
- Será que você depilaria sua xoxotinha pra mim?
-...
- Eu queria muito te ver toda lisinha...
Pra Má, que sempre fora envergonhada, o pedido soou meio estranho. Ela nunca raspara tudo e das vezes que o fizera, apenas em parte, a coceira na hora de crescer os pêlos retirou toda o tesão da coisa:
- Olha, Fá eu vou falar com minha médica, ver o que ela acha e a gente conversa, tá?
- Tá bom. Olha é só um pedido. Se não quiser não precisa fazer. Te amo, dorme bem.
E ele desligou o telefone.
Má ficou pensativa: será que seria uma boa? Não teria perigo de se cortar? E como fazer isso? Acabou entrando na net pra ver se conseguia algumas dicas. Riu da própria inexperiência no assunto, dos muitos canos que tinha com o próprio sexo.
Depois de muito procurar acabou decidindo que esse desejo dele, ela não realizaria. Tinha muito,muito medo mes-mo:
- Olha, Fá, eu fui na minha médica e ela me falou pra não depilar tudo.
- Por que?
- Porque é uma área que tem que ficar protegida e, retirar os pêlos daí, pode fazer com que doenças apareçam, entende?
- Claro, Amor. Olha: o importante é você ficar legal. Vamos esquecer isso.
- Eu prometo que aparo, mas raspar tudo... aí não dá.
Má sentiu que ele ficara um pouco desapontado, mas sabia que logo passaria a tristeza afinal isso nunca tinha sido empecilho para os dois.
Pra sua grande surpresa quem não conseguiu esquecer a idéia foi ela. Como seria ficar totalmente nua diante dele?
Ela sempre brincara que havia caído da árvore... se era uma coisa que ela tinha de monte eram pêlos,mas jamais se descuidou de eliminá-los. “ Nada pior que mulher desmanzelada – ponderava – imagino só a visão do inferno pra um cara ao me ver com as pernas parecendo as do King Kong.”
Mas sua xoxoxtinha... aí eram outros quinhentos...
(continua)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ops...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

terça-feira, 31 de março de 2009

Banho - parte 3

Com muito cuidado Dri se acariciava, olhos fechados. Sua mão deslizava para cima e para baixo em toda a extensão do pênis, indo e voltando. Sua boca foi se entreabrindo enquanto os movimentos iam ficando gradativamente mais rápidos. Sua respiração foi se tornando uma arfar enquanto o corpo se retesava, arqueando-se para trás.
Dri passou a alternar os movimentos: em alguns momentos se tocava com mais força, em outros com mais vagar como que adiando o momento. Ao invés de chegar logo ao já conhecido destino ele aproveitava a viagem.
Por fim, encontrou uma batida e nela ficou até que, com um gemido longo e doce, gozou, ejaculando em longas golfadas.
Seu corpo estremeceu na hora do êxtase para em alguns minutos tornar a relaxar. Com um suspiro colocou-se novamente debaixo na água com um meio sorriso nos lábios:
- Gosta do que vê, Má?
Pega em flagrante, envergonhada e excitada, Má correu para o quarto a tempo de ouvir:
- Má, cheguei!
Abriu um livro procurando não deixar transparecer o que sentia. Fá a chamou:
- Má, você está por aí?
- To sim! Aqui no quarto, amor...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Banho - parte 2

Dri passava o sabonete com vagar pelo corpo. Começou pelo pescoço, deslizou pelos ombros, pela parte interna do braço, desceu em direção aos cotovelos. Retornou às mãos e passou um pouco no rosto cobrindo a barba por fazer com a espuma.
Má seguia seus movimentos com uma atenção quase obsessiva. Sua boca se encheu de água, sentiu a umidade tão sua conhecida se insinuar entre suas pernas. Engoliu em seco.
Dri, sem ter a consciência de que era observado, continuava com aquele balé hipnótico. Alcançou seu tórax com movimentos circulares, desceu para a barriga, daí para sua cintura e, mudando de rumo, foi lavar suas costas até onde seus braços conseguiam alcançar. Lentamente passou o sabonete nas nádegas e pernas, descendo até seus pés.
Má respirou fundo. Como ele era gostoso... Tinha um corpo bem feito. Não era malhado, longe disso, mas era bem delineado. A pele não tinha manchas, era bem clarinha, o peito recoberto de pêlos não em grande quantidade, mas o suficiente para lhe dar um ar másculo.
De súbito percebeu que ele iria virar de frente para a porta e a flagraria lá. Assim, se escondeu mais atrás da porta entreaberta de forma a que continuasse vendo Dri.
O estratagema deu certo: ele se virou para a porta e...
“Meu Deus, que delicia. Esse pau parece que QUER ser chupado” - pensou.
Quase que inconscientemente ela passou a tocar seus seios por cima da blusa enquanto o observava. Sentiu os mamilos rígidos, a umidade entre suas pernas aumentar.
Dri passou a prestar redobrada atenção no que estava fazendo: parecia muito concentrado na função de se lavar,mas Má percebeu que seus movimentos, ao invés de serem descompromissados e aleatórios, eram sim dotados de certo ritmo.
Sim, ele estava se masturbando sem nenhuma cerimônia...
(continua)

Banho


- Com licença, eu estou entrando.
Má já havia estado naquele apartamento antes, mas, naquele dia, as coisas eram diferentes. Estavam, ela e seu namorado, recebendo um amigo pra passar o final de semana e ela, sabendo de sua infinda capacidade de dar foras, achou melhor avisar de sua chegada. Vai que surpreendia alguém em trajes sumários...
Foi então que ouviu o chuveiro ligado.
“O Fá deve ter chegado mais cedo hoje. Ele me falou que o Dri só viria a noite depois do trabalho. Hum... que tal se eu for surpreendê-lo debaixo da água?" – pensou maliciosamente
Pé ante pé ela caminhou até a porta do banheiro e olhou pela porta entreaberta. Havia muito vapor e ela precisou de alguns segundos para poder enxergar o vulto de costas que se ensaboava com vagar. Foi então que reparou que aquele não era Fá...
Dri estava distraído cantalorando uma música baixinho enquanto a água corria pelo lado de seu corpo. Virou-se de frente para o chuveiro recebendo o jato quente em seu peito e a presenteando com uma visão daquele bumbum lindo.
" Saia daqui! Feche a porta e saia daqui!" - era isso que gritava a mente de Má enquanto ela o olhava se banhar - "E se o Fá chegar? Que desculpa você vai dar?"
"Que mal tem em dar uma olhadinha? Ele nem sabe que você está aqui..." dizia outra parte de seu ser.
Entre a cruz e a espada, a tentação e a virtude ela não pensou duas vezes: escolheu a tentação...
(continua)

quarta-feira, 25 de março de 2009

segunda-feira, 23 de março de 2009

Entrega


Para mim ela se abre e se entrega sem medo. Os pudores são esquecidos, os defeitos ignorados. Ela se larga como uma criança: cheia de confiança, ansiosa por sentir o que só eu posso proporcionar a ela.
Na penumbra do quarto eu a fito entregue debaixo do meu corpo, um meio sorriso nos lábios.
Com carinho eu a beijo demoradamente. Sinto seu corpo se remexer inquieto enquanto pequenos gemidos escapam de seus lábios. Preciso muito estar dentro dela:
- Preciso estar dentro de você – digo
Ela assente com um sorriso. Com infinito carinho eu lhe separo as coxas me acomodando entre elas num suspiro. Com vagar a penetro aos poucos sentindo que ela resiste um pouco ainda. Aos poucos ela relaxa e sou recebido por seu interior quente e úmido. Ela sorri:
- Estava com tantas saudades de ficar assim com você, meu amor...
E eu então? Passei a semana querendo tê-la, lembrando de como ela se entrega cada vez que fazemos amor, da forma como geme, como se aperta contra meu corpo parecendo querer que eu entre mais fundo nela.
Quando estamos assim enroscados, fundidos eu quase pareço sentir o que ela sente. Suas mãos deslizam com ternura por minhas costas, sobem por meus ombros enlaçam meu pescoço. Sinto seu cheiro um tanto almiscarado, cheiro de uma fêmea no cio, da minha escrava rebelde como gosto de chamá-la.
Naquele instante nada mais importa. Movo-me olhando dentro de seus olhos e, a cada investida o prazer faz com que ela os vá cerrando, arqueando o corpo, arfante:
- Olha pra mim – peço
Ela abre os grandes olhos. Mergulho naquele mar castanho escuro e me perco lá dentro enquanto vou aumentando o ritmo das investidas. Ela aperta os olhos, a boca vai se abrindo devagar num grito mudo eu a sinto estremecer. É o gozo dela chegando de mansinho, se anunciando:
- Ai... que gostoso meu querido que gostoso...
Me colo mais a ela, se é que isso é possível e ouço sua voz dizendo baixinho:
- Se larga meu amor, se larga. Eu estou aqui...
É o que basta: com um último gemido eu gozo e a abraço.
Ficamos assim enlaçados. Unidos. Apaixonados.

sexta-feira, 20 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

Menino


- Eu te quero...
- Não é porque você quer alguma coisa que ela será sua...
- Mas você é minha.
- Não sou, nunca serei sua.
- É sim...
- Você não passa de um menino, de um menino que eu seduzi, que eu quis...
- O quê?
- Você é quem me pertence. Você é muito ingênuo mesmo: achou o quê? Que eu estava apaixonada por você?
- É? E quem gemeu e pediu da última vez? Quem prensou você no colchão e te fez gozar? De quem você gritou o nome? Quem estava em cima de você?
- Eu faço e falo isso com todos. Eu já disse que você é só um menino. Só isso.
- Você é uma putinha...
- Sou e você é meu brinquedo, menino...
Quando ela disse isso, ele perdeu a cabeça e a penetrou com fúria:
- Menino é? Vou te mostrar quem é menino...
Ele se movia com rapidez com violência, com uma raiva sem direção. Ela fechou os olhos de prazer.
- Abre o olho! - ele gritou
Ela não abriu:
- Abra o olho enquanto eu gozo em você! Abre! - gritou puxando os cabelos dela
Ela os abriu, assustada. E ele gozou.

terça-feira, 10 de março de 2009

Beijo - parte 2

- E pra onde vamos?
- Pra minha casa. Está mais que na hora de você ser minha discípula...
Meu estômago dava voltas. Coração absolutamente descompassado a segui até seu carro e de lá para o apartamento dela.
Entramos na casa dela nos devorando uma à outra. No redemoinho de carinhos ela me pegou pela mão e disse:
- É sua primeira vez, né ?
- Sim...
- Então vamos com calma.
Me levou até seu quarto impecavelmente arrumado e que tinha uma cama enorme coberta com uma colcha muito muito branca. Com carinho me disse:
- Quero ver seu corpo.
Eu, sempre nos canos com minhas formas naquela hora não senti nenhum tipo de hesitação. Deixei que ela retirasse minha roupa com muito vagar. Sentia-me uma boneca sem vontade, um ser enfeitiçado por um par dos olhos mais verdes que eu já havia visto até então.
Ela me deitou na cama e começou a me acariciar. Afagava meu pescoço, misturava mordiscos com lambidas, me arranhava de leve com as longas unhas. Eu me contorcia de prazer. Quando começou a me sugar os mamilos achei que fosse desmaiar de tesão...
Eu não conseguia conter os meus gemidos que saíam cada vez mais altos. Abri as coxas implorando por mais.
- Você quer mais?
- Sim... por favor...
Ela não se fez de rogada: caiu de boca.
A última coisa de que tive consciência foi do meu urro de prazer...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Beijo



E ela me beijou. Do nada. Fiquei parada, estática olhando pra ela e passando as mãos pelos meus lábios até então virgens de beijos dela.
- Gostou? Se gostou sorri pra mim que você ganha outro.
Abri um sorriso enorme. Ela chegou perto e encostou com muita delicadeza a boca na minha.
Tão diferente ser beijada por uma mulher, tão mais doce, tão mais excitante. Eu, que sempre fui muito certa da minha sexualidade comecei a balançar perigosamente na direção daquela mulher tão decidida e forte.
Suas mãos, antes quietas ao lado do corpo agora me acariciavam as costas, subiam pelos braços e sem qualquer cerimônia afagaram meus seios por cima da blusa:
- Vamos embora daqui. Pega sua bolsa e vamos embora já...
(continua)

sábado, 7 de março de 2009

Delícia de Boy Toy...( via SMS)



Eu estou doido de tesão quero te pegar de jeito e te fazer gozar até você tentar fugir.
***
Quero te fazer gozar tanto que você vai estar dolorida no dia seguinte.
***
Passei o dia pensando na noite que passamos juntos. Você nua, toda suada, no meu colchão...
***
Meu Deus, mulher, eu estava na aula e tudo que eu conseguia pensar era em prensar você na cama e sentir seu corpo nu esperneando enquanto eu te comia gostoso.
***
So consigo pensar em você, em passar minhas mãos pelo seu corpo e minha língua pelo seu sexo. Te quero muito.
***
Estou com tantas saudades:tomar banho sem você é tão sem graça...
***
Estava na aula pensando no nosso banho juntos.
***

sexta-feira, 6 de março de 2009

Post da Fal!

Crianças: este post logo abaixo NÃO é meu! Este post é da Fal, do blog Drops da Fal, cujo endereço é www.dropsdafal.blogbrasil.com. Aqui não temos plágio e peço desculpas pois o meu limitado conhecimento em informática ainda não me permitiu colocar um link aqui pro blog dela. MAS O POST É DE AUTORIA DELA QUE FIQUE MUITO CLARO!

"Homens e mulheres não podem ser amigos quase nunca, quase de forma alguma e não é porque homens são dali e mulheres são de acolá. Homens e mulheres não podem ser amigos quase nunca, quase de forma alguma, pois por motivos certamente ligados a não funcionalidade de seus paus, os homens interpretarão qualquer gesto de carinho, de amor, de doçura, como "ela está apaixonada por mim". Eles não amam nada e nem ninguém além de seus paus e não conseguem entender que nem todo mundo vai amar seus pauzinhos da mesma forma. E antes que vocês me mandem cartas, rapazes, dizendo que se eu acho isso é porque tentei amizade com o tipo errado de menino, já me adianto respondendo: foi mesmo."

Falzoca, nunca li um post que expressasse tão bem algo que vivia ( de vez enquanto ainda vive) me acontecendo... beijos!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Proibido pra mim


Eu morro de tesão nele. Morro. Assumo: me masturbo em pensando em como ele seria na cama.
Quando o olho penso em como seria o toque de sua língua na minha, suas mãos deslizando pelas minhas costas.
Me imagino o cavalgando devagar as palmas das mãos apoiadas no peito dele, nossos quadris num movimento uníssono e contínuo. Sinto o cheiro dele, o sorriso meio sarcástico que lhe é tão peculiar iluminando seu rosto.
Cada vez que o vejo minha vontade é arrancar a invariável camiseta que ele usa, e distribuir beijos pelo seu peito, descer pela barriga e abocanhá-lo sem dó nem piedade.
Sonho com os gemidos de prazer dele, em como ele se contorceria debaixo de mim me afagando os seios, segurando minha cintura pra ajudar no movimento. Em como depois de um intervalo ele rolaria pra cima de mim:
- Vem cá minha putinha...
E eu iria. Ah, se iria... faria com que ele engolisse o jeito de sabe tudo, o faria sair da Terra, o faria meu escravo.
Ele gritaria meu nome pedindo por mais,imaginando o tempo perdido,a vontade que ele tentou esconder até de si mesmo, mascarada numa tentativa de me encarar como um ser assexuado,uma menina doce, uma irmã, uma grande amiga, uma tudo, menos o que eu sempre quis: como mulher que sou.
Ah se eu pudesse...

Faminto


Eu nunca o tinha visto faminto daquele jeito. Cheio de tesão, sim. Me querendo muito, sim. Afoito? Inúmeras vezes... mas, faminto, nunca.
Eu, que sempre tive contato com seu lado doce e meigo, cheio de cuidados, de afagos e preliminares demoradas jamais pensei que ele pudesse ser assim tão intenso.
No primeiro beijo que trocamos eu já soube que havia algo diferente ele estava cheio de uma urgência, de uma louca vontade que beirava o desespero.
Parecia que cada toque correspondido despertava nele uma coisa primal, um instinto adormecido que, quando veio à tona, me mostrou não um moço quieto e tímido, mas um homem que eu jamais tinha visto até então.
Ele me tomou nos braços com pressa, me devorou sem meias palavras, sem dar tempo pra que eu soubesse o que estava havendo.
Pernas apartadas eu o senti me invadir meio bruscamente, mas ao invés de reclamar, eu gemia de prazer, pedia mais, o arranhava.
Gritei como louca, o enlacei com minhas coxas, cheguei até mesmo a morder meus lábios no afã de querer. Ah, eu queria! Como queria... mas o que eu queria mesmo? Não sei dizer.
Nos engalfinhamos num minúsculo colchão de solteiro que, debaixo de nós, parecia ainda menor, ele incansável:
- Pára, querido eu não vou agüentar mais...
- Que pena pra você...
Ondas contínuas de prazer perpassavam meu corpo. Colada nele fiz uma viagem ao céu sem precedentes, com ele ali do meu lado.
Quando achei que tudo havia acabado ouço o pedido:
- Se toca pra eu ver?
Desci minhas mãos até meu clitóris, cabeça apoiada no braço dele, olhos fechados.Devagar fui acompanhando a escalada do meu prazer enquanto ele me fazia carinhos. Me senti profundamente protegida dentro daquele meio abraço, ladeada por aquele corpo de pele muito branca e macia.
Quando o gozo veio, ele me enlaçou pertinho e cobriu meu rosto com suaves beijos nas bochechas, nas pálpebras, no pescoço. Eu, molinha depois do orgasmo, abri os olhos apenas pra vê-lo me observando com grande doçura:
- Eu te amo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Enquanto isso no msn...


Ele diz:

Então eu combinei um esquema com minha namorada.
Ela arrumou um vestido curto, realmente curto. Á meu pedido, botou um salto agulha e meia 7/8
pegamos o carro e eu deixei ela na rua, pois ela ia se fazer de prostituta naquele dia.

Ela diz:
que máximo!!!! adorei!!!!!
que ideia genial!!!!
muito legal!!!!!

Ele diz:
era pra eu apenas deixar ela lá, dar uma volta no quarteirão e pegar de novo, até porque era MESMO uma região de prostituição leve.
Mas era um dia de movimento fraco, não devia dar galho.
Então eu fui com o carro pra um posto e esperei MEIA HORA.

Ela diz:
que sacanagem isso não se faz!!!!
eu te matava desgraçado!!!! rs
coitada hahahahahahahahahaha
desculpa eu tenho que rir

Ele diz:
calma... não acabou.
voltei e peguei ela.
Ela tava com a cara meio séria, mas não brigou.
Fomos pro motel, e não precisava muito de preliminares.
E na hora de ir para a atividade,eu a surpreendi fazendo, digamos, pela entrada alternativa.

Ela diz
gente!!! hahahahahahahahahaha
nossa eu te espancava se você não me avisasse!!!
nem assim ela ficou brava? ( pq puta ela ja tava rs)

Ele diz:
não deu tempo, e ela ainda tava no papel de prostituta.

Ela diz:
isso é que levar a fantasia a sério rs
ela curtiu pelo menos? RS

Ele diz:
isso feito, naturalmente íamos ficar o período no motel, pensei eu.
MAS, ela levantou, pegou a bolsa e foi pro banheiro.

Ela diz
se ela for das minhas ela cobrou rs
pq eu cobrava sem duvida nenhuma

Ele diz
pensei: "putz.. acho que passei da conta".

Ela diz
rs " acha?" rs

Ele diz:
ela ficou lá uns minutos e saiu.
não sei onde diabos ela escondeu, mas havia uma segunda roupa na bolsa.
era uma saia (não vestido) tb ginecológica.
só que ela tinha comprado uma daquelas cintas strapon.
sabe o que é isso ?

Ela diz:
Nossa!
adorei sua ex!!!!
geeeeeente que máximo adorei adorei adorei!!! Hahahahahahaha

Ele diz
ela olhou pra mim e, simples e direta, disse : "sua vez".

Ela diz:
meu!!!! bem feito bem feito!!!
tomou susto? RS

Ele diz:
digamos que não era hora de tomar susto.

terça-feira, 3 de março de 2009

Histórias mínimas



Enquanto isso na cozinha da firma:
- Renato, você pode me ajudar com uma coisa? Comprei uma calcinha fio dental vermelha nova e queria que você desse uma olhada. Passa lá em casa depois?
-...
- Escuta: você vai pegar café ou vai ficar com a garrafa na mão o dia todo?
***
- Estou saindo e pensando em comprar um par de algemas. Se eu comprar você brinca comigo?
- Você me deixa louco desse jeito...
- Isso é um sim?
***
- Oi, você quer dançar?
- Não, estou muito cansada... Desculpa.
- Quer dizer que sexo está fora de questão?
***
- E como foi transar com uma mulher 20 anos mais velha que você?
- Nossa, eu aprendi taaaanto naquela noite...
- Então não foi sexo, foi uma pós graduação...
***
- E então, o que você quer comer?
- Você...
- De novo?
- Sempre.
***
- Eu tive uma ex que tinha ciúme do computador...
- Sério?
- Sim. Um dia estava teclando e ela se sentou no meu colo em trajes sumários exigindo minha atenção se é que você me entende...
- E você?
- Uai, eu tive que atender fazer o quê?
***
- Escuta, você tem duas opções:
- Quais?
- Ou você transa comigo porque gostou de mim ou transa comigo de tanta raiva que eu vou fazer você passar...
***
Cantada animal:
- De hoje você não me escapa!
- Como assim?
- Hoje eu te pego de jeito! Tô com a febre do rato! Vou te dar o abraço de urso!
***
- Eu morro de vergonha do meu corpo, quero me esconder, me enfiar debaixo da mesa. Mas você, moço, me olha de um jeito que parece que você tá olhando pra Vênus de Milo, que eu falo “Ah, pro diabo!”
- Pra mim, não tem porque você ter vergonha do seu corpo. Eu sinto o maior tesão quando eu olho pra você
- ...
- Eu acho você linda. Eu não vejo uma imagem idealizada de supermodelo: eu vejo você e gosto do que eu vejo. Gosto do seu cabelo todo despenteado na cama...
- Hahahahahahahahaha...
- A única hora que você deveria ficar sem jeito é por eu olhar demais pra você porque você é muito gostosa...
***
- Sabe qual é a maior fantasia dele?
- Não...
- Me amarrar na cama e me fazer gozar até eu não agüentar mais.
- Ah... Que peeeeeeeena. Você deve ter respondido: “- Mas nem pensar! O que você pensa que eu sou?”
- Hahahahahahahahahaha...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Doce Paulistana


Sou professor. Minha sala de aula é formada por uma maioria esmagadora de meninas, todas sonhando um dia em ser psicólogas. Nesse ambiente é difícil não se sentir atraído por alguém especialmente quando se mora num estado como Santa Catarina e se leciona numa cidade como Florianópolis onde a beleza costuma ser meio que um cartão de visitas.
Contrariando todas estatísticas possíveis fui viver uma história um tanto inusitada com uma paulistana que nada tinha a ver com minha vida.
Conheci a Carol em 2001 via net. Não me lembro exatamente quando entrei pela primeira vez no blog dela, mas me lembro de ter gostado do que ela escrevera a respeito de um filme e deixei um recado. Ela respondeu e assim começou uma amizade.
De lá pra cá acabamos descobrindo um interesse mútuo por filmes, livros. O interesse não ficou só aí: uma atraçãozinha mútua começou a se desenvolver entre ela e eu, mas que não pode ser levada adiante por um série de razões.
o sonho da Carol é passar num concurso público e por isso ela vive enfiada num monte de livros. Não trabalha, o que as vezes me irrita pois me passa a sensação de que ela vive uma vida muito adolescente para os seus 31 anos de idade. Nossa primeira grande discussão ( se posso chamar assim um recado no celular aos prantos me xingando de tudo que é nome) se deveu por causa desse assunto. Creio que, em todos esse anos de amizade, foi a única rusga assim "mais séria" entre a gente.
Dia desses ela me ligou pedindo um favor: iria fazer uma prova pra concurso público aqui em Floripa e me pediu abrigo durante uma noite. Já havia oferecido a casa a ela se precisasse, então não vi grandes problemas na vinda dela desde que me avisasse com antecedência.
Chegou aqui com os cabelos presos, de jeans, camiseta e os inseparáveis óculos e walkman. Carinha de nerd que só ela. Largou a mala que trouxera na minha casa e saiu correndo pra fazer a prova.Me ofereci pra buscá-la,mas ela recusou. Assim, disse que a esperaria em minha casa quando ela acabasse.
Feita a prova ela regressou meio tristinha querendo conversar. Não tinha ido tão bem quanto esperava. Disse a ela que não se preocupasse, que esperasse o resultado antes de ficar daquele jeito. No meio do papo, meu celular toca : era o chefe de departamento pedindo minha ajuda para resolver algumas pendengas na faculdade. Pedido de chefe, sabe como é, tem que atender.Expliquei que precisava ir à faculdade,mas,que se ela não se importasse de ficar lá comigo, de lá sairíamos pra comer alguma coisa.
Convite feito, convite aceito decidi tomar o ônibus até lá. Depois de um tempo no ponto eis que o ônibus surge completamente lotado. Meio sem jeito perguntei se ela se importava de ir esmagada mesmo senão dividríamos um taxi. Sorrindo, ela nem respondeu: subiu no ônibus.
Atravessar o corredor foi um parto,mas depois de algum tempo acabamos conseguindo um lugarzinho no fundo da condução.Fiquei com as costas encontadas na parede e ela com as costas encostadas em mim.
No meio do caminho percebi que ela começou a me provocar sutilmente. Num primeiro momento encostou de leve o corpo dela no meu, o que aceitei com naturalidade dado o espaço minimo que havia. Comecei a notar, porém, que ela tentava se aninhar junto a mim. Depois de duas investidas eu tentei afastá-la de mim sem sucesso. Confesso que ter um corpo de mulher, ainda mais o dela que havia sido agraciado com um generoso bumbum, tão junto a mim não era de forma nenhuma algo ruim e fui me deixando levar.Parei de resistir.
Percebendo isso ela passou a uma nova forma de ataque: a cada redução de velocidade do ônibus ela se colava toda em mim acariciando meu corpo com o dela.. Dificil dizer quanto tempo essa doce tortura continuou. Minha vontade de tê-la foi aumentando, meu sexo pulsava sem controle meio estrangulado pela calça. E ela não parava.
Cumprido o trajeto descemos do ônibus. Eu não sabia como reagir a isso, se conversava ou ficava quieto. Olhando para ela, vi que seu rosto estava um tanto afogueado, a camiseta meio em desalinho revelada uma nesga de pele na altura da cintura, pele que eu já tinha tocado uma vez levemente numa das vezes em que a tive nos braços o que me deixou mais louco ainda,mas só. Ela parecia tranquila e, sem saber muito bem o que pensar, porque nunca tinha sido vítima de um assédio tão explicito e ao mesmo tempo tão velado, acabei ficando quieto e cumprimos o resto do trajeto a pé falando sobre amenindades.
Chegando à faculdade a deixei numa sala contígua à minha dizendo que assim que acabasse de corrigir as provas pendentes conversaríamos.
Entrei em minha sala, separei as provas sobre a mesa e comecei a corrigi-las. Bom, pelo menos tentei. Percebi que não conseguiria fazer nada naquela tarde. As lembranças do corpo dela junto do meu no ônibus afloraram e mue corpo reagiu de imediato. Tentei me controlar fechando os olhos como se assim pudesse fechar os olhos da mente e então ouço uma voz atrás de mim:
- Dificuldades pra corrigir as provas, Paulinho?
Tive um sobressalto mas logo respondi
- Um pouco,mas devagar eu chego lá.
- Algo que eu possa fazer pra ajudar?
Se ela soubesse... acho que podia pensar num milhão de formas pela quais ela poderia ajudar. Infelizmente nenhuma delas se relacionava com correção de provas.
- Não pode deixar. Quer ler alguma coisa enquanto espera?
- Eu trouxe um livro fica tranquilo.
- Então tá.
Voltei minhas atenções para as provas e ouvi o suave som da porta se fechando atrás de mim e tentei me concentrar nas provas a serem corrigidas. Eis que sinto uma boca percorrendo meu pescoço:
- Pelo visto ,você precisa de ajuda sim...
Agora não havia mais como esconder o volume nas minhas calças. Meio sem jeito tentei me explicar:
- Olha, Carol...
- Hum? - respondeu sem deixar de me beijar o pescoço
- Será que aqui é bom lugar pra gente fazer isso?
- Isso o quê? Senti que a mão dela tentava abrir caminho pela camisa que eu usava.
- Isso, eu...
- Não está gostoso?
- Está sim, mas.. não pude segurar um gemido quando senti as mãos dela brincando com os pelos do meu peito. Era uma mãozinha pequena,mas muito esperta que soube explorar muito bem a área.
- Então, aproveita.
Diante de um pedido desses fica difícil se fazer de rogado,mas eu ainda tentei:
- Mas, Carol...
- Huh? a mão dela já brincava com os botões da minha calça
- E se...
- Shhhhh... relaxe.
Nesse momento a mão dela já tinha percorrido o resto do caminho e minha coerência ido pro vinagre. Como era bom sentir aquele carinho feito com tanta doçura e tão bem.
Deixei que ela me acariciasse por algum tempo e me levantei da cadeira para abraçá-la, mas fui barrado:
- Não. Hoje você é meu. - disse, dona da situação.
Nunca pensei que ela pudesse ser assim desinibida,mas pra que discutir? Com vagar ela tirou sua blusa e a minha e novamente se encostou toda em mim. Imagens do interludio no ônibus encheram minha mente enquanto ela percorria com as mãos e boca meus ombros deixando um rastro de saliva e fogo por onde passava.
Ficou nesse joguinho algum tempo até que eu não aguentei mais e a tomei nos braços. Explorei-lhe a boca com calma enquanto ela se agarrava a mim em total abandono.
No meio das carícias pedi a ela:
- Posso fazer uma coisa?
- O quê?
- Soltar suas tranças? Nunca vi você de cabelo totalmente solto.
Ela abriu um dos sorriso mais lindos que eu já vira e balançou a cabeça em assentimento. Soltei seus longos cabelos negros que cascatearam pelas. Embora ela se esforçasse muito para mantê-los lisos e em controle, eu os gostava cacheados e livres como estavam naquele momento. Mergulhei meu rosto naquela montanha de cachos sentindo o perfume que vinha deles.
Eu ainda não conhecia direito o corpo dela. Não era uma total incógnita pois já vira e tocara uma vez, mas sabia que havia muito a descobrir. Pedi a ela que se deitasse sobre minha mesa para olhá-la. Ela relutou um pouco,mas vencida pelos carinhos que lhe fazia acabou sucumbindo.
A observei: os seios, médios, barriguinha saliente, o quadril largos, o púbis recoberto de pelos, as pernas grossas. Longe de ser magra, ela tinha curvas.
Após algum tempo de contemplação me levantei para tocar os seios dela e constatei que cabiam em minhas mãos. Tinham bicos rosados e pequenos agora entumescidos pela excitação e pelo frio. Detive-me lá apenas para tocá-los de leve com língua ouvindo a respiração dela tornar-se um arfar:
- Gosta disso? Perguntei
- Mu, mu, muiiito... respondeu entre dois arquejos
- Eu também. Seu gosto é suave aqui, Carol.
Continuei descendo disrtibuindo pequenos beijos por onde passava até alcançar seu sexo. Quando a toquei ali, senti seu corpo estremecer inteiro. Ela estava quente e úmida e a cada investida de minha língua ela gemia mais alto.
Comecei a me preocupar com os decibéis, afinal estávamos na faculdade e era possível ouvir os alunos andando de lá para cá nos corredores. Sussurrei:
- Carol, gema mais baixo, linda...
- Ai, eu estou tentando mas tá difícil - sussurrou de volta enqunto mordia o próprio braço para abafar o som.
Fiquei nessa carícia até deixá-la perto do gozo e repentinamente parei. Ela soltou um grunido de insatisfação e balbuciou bem baixinho:
- Ai Paulinho, por favor, termina, eu não tô aguentando mais.
O que ela não sabia era que eu estava determinado a me "vingar", por assim dizer, do que acontecera no ônibus. O que eu não sabia era que ela era um tanto persistente nas coisas que queria.
Olhei para ela e disse:
- Carol, aqui não é o melhor lugar pra terminarmos. Vamos pra minha ca...
Não consegui terminar. De um salto ela se levantou e sem qualquer cerimônia ajoelhou-se e me tomou inteiro em sua boca.
Todo pensamento racional desapareceu. Eu só conseguia sentir. Que boca sôfrega, um misto delicioso de lábios, boca e língua me entorpecia os sentidos. Com as pernas bambas me sentei de volta na cadeira e deixei que ela comandasse. Eu passara de dominador a dominado novamente.
Senti que se continuasse assim por mais tempo não resistiria e som alguma relutância a afastei de mim puxando -a de encontro a minha boca:
- Ai, Carol, que delícia...
Ela me beijou com tamanha fome que parecia que o mundo ia acabar naquele momento. Foi um embate sem fim de línguas, cada um querendo superar o outro.
- Ah, Paulo, por favor, faz amor comigo, faz? Por favor...
Essa frase me fez sorrir intimamente. Eu já a ouvira dela,mas, na época soara mais como uma vontade e menos como uma promessa, como agora.
Pedi que viesse se acomodar sobre mim. Com vagar me encaixei nela. Tão quente, tão quente... me sentia sugado pra dentro dela. Com cuidado comecei a estabeleceu um ritmo junto com ela. Aos poucos fomos nos acertando, a cadeira não ajudava muito. Depois de um tempo o ranger da cadeira que se tornava mais alto a cada vez que nos movíamos passou de um barulho irritante a um acompanhamento perfeito para cada ida e vinda que fazíamos.
Olhei para ela enquanto fazíamos amor. Percebi que ela não me olhava diretamente. Dava pequenos olhares de relance,tentava esconder-se atrás da nuvem de cachos que lhe caíam sobre os olhos ou escondia seu rosto em meus ombros fechando os grandes olhos castanhos. Pedi:
- Carol, abra os olhos, olhe pra mim.
- Não consigo,Paulinho - respondeu a voz entrecortada pelos gemidos
- Consegue sim - insisti - abra os olhos.
Devagar ela abriu os olhos. Seus cabelos em desalinho formavam uma pequena cortina cobrindo uma parte de seu rosto. Retirei os cachinhos teimosos e olhei dentro daquele mar castanho escuro.
Ela me fitava de volta, um meio sorriso nos lábios, as mãos entrelaçadas com as minhas para ajudar no movimento. Aos poucos o sorriso foi se desfazendo enquanto sua boca descrevia um arco abrindo-se num grito silencioso. Cabeça jogada para trás, ela soltou um longo e doce gemido, estremeceu interinha o corpo tomado por espasmos e aquietou-se.
Nesse momento soube que não precisaria ficar mais me segurando e passei a determinar o ritmo segurando-a bem junto a mim. Senti que meu orgasmo estava perto e vinha com uma intensidade única depois de tanto adiar o momento. Afundei meus dedos nas nádegas dela enquanto ejaculava em longas golfadas, agarrado a ela.
Passado o momento do clímax,corações descompassados ficamos enroscados enquanto eu deslizava as mãos com muita delicadeza pelas costas dela. Senti algo molhado nos lábios e ao tocá-los descobri que na ânsia do beijo ela havia me cortado. Mas nem me importei.
- Paulinho?
- Huh?
- Tenho uma confissão a fazer. Alías, duas.
- Diga.
- Promete que não fica bravo?
- Só não me diz que você está com alguma DST...
Levei um tapa de leve.
- Claro que não seu bobo - disse rindo
- Então, pode falar.
- Eu te provoquei de propósito no ônibus.
- É, eu notei...
Ai foi o momento dela se sobressaltar:
- Notou, é? - ela perguntou corando
- Claro, não foi tão difícil assim perceber. - respondi
- Difícil foi fazer cara de paisagem quando descemos do ônibus - ela respondeu
Não pude conter uma risada.
- Você é a primeira candidata a sedutora que eu conheço que fica vermelhinha quando é pega em flagrante...
Ela sorriu olhos baixos.
Houve uma pausa e então perguntei:
- E qual a outra confissão?
- Eu não vim aqui pra fazer prova nenhuma...
Aí, quem caiu das nuvens fui eu.
- Como assim? Você saiu de casa, voltou um tempo depois dizendo que não tinha ido bem e tudo...
O que vc ficou fazendo naquele tempo todo?
- Fui até o shopping ver um filme e fazer hora.
Parei, meio atônito com a revelação.
- Mas, Carol, se você não veio aqui pra fazer a prova então porque veio?
- Porque queria fazer amor com você - respondeu desviando o olhar.
Segurei seu queixo pra que ela me fitasse.
- Sabe o que é mais irônico, Carol?
- Não, o quê?
- O fato de, apesar de adorarmos ficar de papo furado pelo telefone, nossa melhor comunicação ser feita assim, sem palavras.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Naquele dia


Naquele dia, apesar de apaixonados, os dois não fizeram amor.
Naquele dia não houve meiguice, não houve cuidado, não houve doçura.
Naquele dia ele não a acarinhou como sempre fazia, com vagar, languidamente.
Naquele dia ele não a chamou de querida, não soltou seus cabelos.
Naquele dia ele não falou palavras doces sobre seu cheiro,sua pele ou sua boca.
Naquele dia ele a comeu. Simples assim.
Ele a amarrou, vendou e despiu com pressa. Colou seu corpo no dela, caiu de boca em seu sexo. A fez se contorcer, a fez gritar, a fez tentar fugir dos golpes de sua língua travessa e safada.
Deixou que ela se debatesse num doce desespero, que chamasse seu nome num misto de súplica e desejo:
- Pára, por favor...
- Hum, você não ta sendo convincente...
- Por favor... Por favor...
- Me chame de Mestre...
Ela protestou fracamente:
- Nunca vou te chamar de Mestre...
E ele continuou as investidas cada vez mais rápidas e cada vez mais incisivas.
Ela se rendeu:
- Tá bom, tá bom: pára, Mestre!
- Fala de novo.
- Pára, Mestre!
- De novo!
Ela não tinha mais forças pra falar. O corpo não mais respondia, os lábios ressequidos.
Ele retorquiu:
- Você não entendeu ainda? Você é minha e eu faço com você o que eu quiser...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Jogos de adultos


É assim que me sinto
dona e senhora
escrava rebelde
menina mulher...
- Pra quem olha de fora não tem idéia de como ele é – pensa ela. - Por trás do jeito tímido e doce ele tem facetas que ninguém acreditaria se contasse.
Entre quatro paredes ele se transforma: passa a ser um homem passional, cheio de vontades, possessivo, deliciosamente violento.
Os olhos castanhos se tornam turvos, ele a olha como se a quisesse devorar, ele manda.
Mas ela não obedece. Não quer obedecer. Não quer que ele a dobre. Quer, sim, que ele se esforce pra conseguir o que quer que ele enlouqueça tentando, que ela possa ouvir a voz dele a ordenando fazer as coisas, que ele a segure nos braços a prense contra a cama, a trate como a escrava rebelde que tanto o excita.
Ela nunca sentiu algo assim. Nunca.
Ela pede pra ser vendada, pra ser rendida, pra ser deliciosamente seviciada.
- Você é minha, mulher...
- Não sou, não sou de ninguém...
- É sim. É minha sim...
Ela tenta se livrar e se espanta com o tamanho da força dele, de como ele consegue subjugá-la com facilidade, de como ele a olha como se fosse seu dono e tem a mais clara e inabalável certeza: ela é dele. Só dele.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Filme

Ele tem um cheiro doce. Cada vez que chega perto de mim é uma dificuldade pra que eu me controle. A vontade de tomá-lo nos braços é absolutamente imperiosa.
É verdade que nós tentamos nos conter. É: ten-ta-mos. Comportar-nos com nossos corpos tão perto é, como já percebemos, impossível.
Sendo fanáticos por cinema decidimos assistir a um filme no DVD. Escolhido o título nos esticamos no sofá, ele enroscado em meus braços envolto por minhas pernas.
As boas intenções duraram cerca de 15 minutos ou nem isso: não consigo deixar de acariciá-lo com ele tão perto de mim e aí já viu... deslizei minhas mãos pelo peito dele com extrema ternura, toquei com leveza sua barriga, seus braços e passei a brincar com seus mamilos. Ele se rendeu e buscou minha boca em desespero.
Ele geme, ele me pede, eu cedo. Pele com pele nos deixamos levar curtindo o momento.
Foi um filme delicioso. Pena que não me lembro qual...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pra bom entendedor...

Existe algum motivo pra que vc sonhe com o que não deve e acorde sem saber o que fazer? Se alguém souber a resposta, por favor, diga nos comentários.
A gerência agradece e lembra: não trabalhamos com coerência.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Para Fábio



O Meu Amor
Chico Buarque

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa

Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Morrendo de saudades


A clandestinidade sempre me fascinou. Os encontros furtivos, o coração descompassado, o telefone que toca quando menos se espera, tudo isso me instigava, me excitava, me acendia.
Dentre os meus companheiros desse delicioso pecado, um homem se destacou por ser a perfeita expressão do ditado “nunca julgue um livro pela capa.”
O conheci num dos muitos cursos que fiz. Um homem interessante e inteligente, casado, sem atrativos físicos,mas de grande carisma. Lembro que, num primeiro momento, ansiava pelas aulas dele porque gostava da matéria, da forma como ele ensinava, das piadas infames que surgiam entre os maçantes ditados sobre eficácia das leis, artigos e doutrinadores. Nunca o havia visto como homem, até que cometi uma gafe involuntária.
Num dia especialmente cansativo, enquanto ele tagarelava sobre algo relacionado a prazos processuais, eu me distraí e fixei meu olhar em um ponto indefinido enquanto divagava. Qual não foi minha surpresa quando, voltando à Terra, percebi que meu olhar estava diretamente direcionado para o pênis do professor.Percebendo a bobagem que havia feito, procurei desviar o olhar e, nossos olhares se cruzaram por um momento.
Naquele segundo e naquele olhar percebi nele um misto de embaraço,surpresa e de certa excitação. Essa mistura de inocência e malícia me esquentou o sangue e o baixo ventre.
Ao final da aula me atrasei um pouco na arrumação do material pra ver se ele tomava alguma iniciativa. Como ele não fizesse nada, decidi por me despedir e pegar o ônibus de volta para casa pois já era tarde:
- Boa noite, professor.
- Dra., por favor, espere um instante.
- Infelizmente, não posso, porque preciso tomar o ônibus e...
- Onde mora ?
- Na Liberdade.
- Fique tranqüila que, se for o caso, lhe darei carona.
- Ok, então. O que o senhor quer? Ajuda pra carregar as coisas?
- Sim, preciso ir até a secretaria.
- Deixe que eu ajudo.
Saímos, fomos a secretaria e de lá nos dirigimos ao subsolo do curso. Ele pediu que o manobrista trouxesse o carro. .Em seguida me perguntou o melhor caminho para minha casa. Entramos no carro e seguimos.
Nesse meio de tempo eu estava a mil, e minha mente vagava pensando nas várias possibilidades que aquela carona poderia me proporcionar. Para minha enorme frustração, o trajeto foi feito em silêncio, e eu me senti pateta por ter esperado tanto de uma simples gentileza.
Ao paramos em frente de casa como manda a boa educação despedi-me:
- Boa noite ,professor.
Ao me inclinar na direção dele para um beijo de boa noite no rosto, fui surpreendida com um selinho, muito de leve, nos lábios :
- Boa noite, doutora.
A situação foi tão surreal que por alguns segundo perdi o rebolado. Fiquei olhando pra ele com uma face atônita:
- Professor,eu..
- Não gostou?
Não respondi. Puxei - o para perto e colei minha boca na dele. Senti que ele começou a insinuar a pontinha de sua lingua entre meus lábios. Selei minha boca para provocá-lo, dando a ele trabalho para ter acesso para algo mais íntimo. Ele interrompeu o beijo e disse:
- Safadinha, você... quer brincar?
Ato contínuo passou a mordiscar a área em volta de minha boca, minando minha resistência,tomando conta da situação. Senti as mãos dele percorrerem minhas costas, me arrancando suspiros mais e mais altos. Me puxou para mais perto e com aquela língua ágil passeou por todos os recantos do céu da boca enquanto mergulhava os dedos entre os meus cabelos puxando-os de leve.
Protestei fracamente pois estava doendo um pouco;
- Calma, professor...
- Não... você tem me atiçou,mocinha,agora é hora de sentir um pouquinho do que senti hoje na aula.
- Mas o que aconteceu hoje na aula? - perguntei me fazendi de desentendida
- Você sabe muito bem. Pensa que não vi seu olhar? Não é de hoje que vejo a forma como você se porta. Parece me despir cim os olhos...
- Mas professor,eu...
- Eu não sou idiota,sei quando alguém se interessa por mim. Só que dessa vez EU mando no joguinho aqui...
Desabafo feito,tomou minha boca de assalto me envolvendo num abraço, desajeitado, é verdade, pois o câmbio do carro ficava no meio do caminho, mas que me excitou na hora. Não pude conter um suspiro.
Vendo que minha resistência tinha baixado um pouco, ele,com uma agilidade que nunca pensei que pudesse encontrar num homem daquele, me puxou para o colo dele. Sentada sobre suas coxas senti que seu pênis estava duríssimo. Decidida a enlouquecê-lo comecei a me esfregar contra ele com movimentos ritimados.
- Ai,que delícia,Dra...
- Achei que você iria gostar.
Retomamos os beijos e, senti que as coisas poderiam tomar um rumo um tanto complicado já que nunca havia namorado no carro e fazer isso em uma cidade como São Paulo é extremamente perigoso.
- Professor?
- Adoro quando você me chama assim,sabia?
- Vamos a outro lugar,aqui é perigoso...
- Você não gosta do perigo?
- Adoro,mas...
- Então, isso pode ser ajeitado.
Me colocando de volta no banco ele dirigiu o carro para um pedaço mais reservado da minha rua,estacionou e me recolocou na minha primitiva posição.
Os beijos continuaram e meu corpo todo latejava de prazer. Habilmente sentindo que eu ficava mais e mais entregue, ele desabotoou minha camisa e passou a acariciar meus seios:
-Vc tem lindos seios... - elogiou enquanto puxava meu sutiã para o lado a fim desnudar um bico de seio já intumescido. Ao ver o mamilo duro pela excitação, rodeou-o com os dedos e por fim passou a lambê los numa lentidão torturante e deliciosa.
Difícil descrever a sensação de ter todo o seu mamilo envolvido num mar quente de saliva e carne. Me pus a gemer enquanto involuntariamente abri minhas coxas.
Vendo minha falta de resistência, ele deslizou a mão por dentro de minhas coxas, baixou meu zíper e,com vagar,colocou o dedo médio entre meus grandes lábios:
- Nossa, vc esta bem molhada e - chupando o dedo - deliciosa...
Com facilidade ele encontrou meu clitóris que praticamente pulou para as mãos dele implorando para ser acariciado. Com cuidado ele começou um carinho delicioso,ritmado e eu me contorcia ainda sentada no colo dele. Procurando uma posição melhor apoiei a cabeça na junção entre o ombro e o peito dele, o que me deu total acesso ao pescoço que cobri com uma série de mordiscos e beijinhos. Ele estremeceu e aumentou o ritimo do carinhos o que me fez chegar muito perto do orgasmo. Segurei a mão dele e pedi:
-Não me faça gozar ainda...
- Por que?
- Quero curtir mais você... deixa?
Ele aliviou a pressão dos dedos e assentiu. Soltei o pulso dele. De repente ele retomou os carinhos e murmurou no meu ouvido:
- Mudei de idéia, Doutora...
Não tive tempo de reagir: com maestria ele foi me levando por um caminho sem volta até que senti os primeiros espasmos prenunciando o gozo. Gemendo alto, me agarrei a ele me jogando toda contra seu dedo,ickinando a cabeça para trás, e me deixei levar.
Passada a explosão fiquei molinha, molinha, largada nos braços dele ainda sentindo meu corpo tremer.
- Gozou gostoso,Dra... -disse ele enquanto roçava a barba carinhosamente em meu rosto.
Sorri preguiçosamente:
- Estava tão bom... mas, e vc?
- Não se preocupe comigo. Vou cobrar com juros num próximo encontro...
Daquele dia em diante ir a aula se tornou um programa altamente excitante. Trocávamos olhares furtivos durante as explicações, sorrisos cheios de malícia.Nos escondíamos nas escadas para curtas sessões de beijos e carinhos. Eu inventava grupos de estudo pós aula para encontrá-lo, ele me esperava dentro do carro num canto escondido do estacionamento e eu ia, coração aos pulos, sedenta por aquela boca,aqueles dedos que me ensinaram tanto e me faziam gritar de prazer. Perdi as contas de quantas vezes após esses interlúdios ele foi me dar aula e ao final ele dizia baixinho em meu ouvido :“ adorei ensinar com seu cheiro em mim, doutora”.
De uma hora para a outra ele passou a me evitar. Fiquei desesperada de desejo. Me masturbava horrores em casa, olhos fechados lembrando dele. O orgasmo rápido me frustrava,me deixava com mais saudades. Sentia falta do gosto dele, da forma como ele me tomava nos braços.
Um dia não agüentei mais e resolvi provocá-lo em plena aula. Vesti uma saia comprida, mas com generosa fenda lateral e uma blusa de alcinhas e me sentei na primeira fileira.Depois de tanto tempo apartados pensei que talvez ele estivesse com vontade de mim novamente. Ledo engano:quando ele me viu pareceu nada sentir.
Aula finda, ele removeu o microfone da lapela e saiu da sala sem nem olhar pra trás. Me senti um lixo, inadequada e vulgar e, com lágrimas nos olhos fui até o banheiro, troquei de roupa e removi a maquiagem escorrida pelo rosto.
Já com minhas roupas de sempre, calça jeans,camiseta e cabelos presos, me dirigi ao elevador. Nessa altura o cursinho estava vazio e quando o elevador chegou, eu o adentrei sem nem me incomodar com eventual passageiro que pudesse aparecer. Entrei. Subitamente fui empurrada contra a parede, o elevador parou com um tranco, fruto por certo de alguém que apertou o botão de emergência, e uma voz muito minha conhecida se fez ouvir:
- Com saudades,Dra?
A última coisa que tive tempo de balbuciar antes de sentir minha calça sendo arrancada e algo quente e duro fazendo pressão para dentro de mim, escorregando em deliciosamente para dentro foi:
- Morrendo, professor,morrendo...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Moço... ah esse moço...


Depois de o conhecer eu descobri que uma semana é um tempão... tempo demais. Comecei sem dúvida nenhuma a acreditar na teoria da relatividade, na lei de Murphy, em que existia uma outra dimensão espaço/tempo porque passei a ver que quando você mais quer que as coisas acelerem, o tempo anda muito muito muito devagar.
Com ele aprendi que, ao invés de segundos formarem minutos, minutos formarem horas, horas formarem dias, dias formarem semanas, semanas formarem meses, e meses formarem anos, o andar inexorável do tempo parece estancar e até mesmo reverter quando estou longe dele.
Ele é um misto de “aqueles que ninguém quer” com uma pitada de malícia, com um jeito maroto e um sorriso absolutamente aberto. Seu olhar entrega pouco do que ele sente, mas a boca, ah, a boca é perfeita: ela me diz tudo. Não por palavras, porque por palavras, que graça teria? Ela se comunica comigo pelo calor dos seus lábios, pelo toque da língua, pelo vagar com o qual ele me descobre, me excita, me deixa entregue.
Ele me saboreia. Eu vejo isso. Parece que quer que o momento em que nos beijamos se prolongue no tempo e eu, que sempre fui agitada, apressada, aprendo com ele a aproveitar esses minutos em que nos entregamos um ao outro sem nada dizer.
A sensação de vê-lo se soltar em meus braços, olhos fechados, respiração entrecortada é ao mesmo tempo doce e ácida. Doce porque sentir que alguém gosta de estar em seus braços é enternecedora e ácida porque quando o calor se apossa do meu corpo eu não consigo pensar em mais nada a não ser em tocá-lo,em tê-lo, em acarinhá-lo em deixar que a excitação que nos toma num ímpeto selvagem nos domine completamente.
Ah, moço...

sábado, 17 de janeiro de 2009

Tábata


Talvez uma das partes mais interessantes de ser professor seja assistir a palestras pelo Brasil a fora. Perdi a conta de em quantos lugares me enfiei para para ouvir as mais distintas pessoas falar sobre todo os tipos de assunto. Claro que, sendo psicólogo, sempre dei preferência a palestrantes que tratassem da minha área de trabalho. Graças a esse meu interesse descobri,navegando na net, referência acerca de um Seminário de Psicologia Forense, Medicina Legal e Ato Médico promovido pelo Grupo Associado de Psicólogo e Escola Superior de Advocacia em São Paulo. O assunto me pareceu interessante, assim como os custos pra me deslocar até lá, eresolvi comparecer.
O seminário seria na Universidade Mackenzie num anfiteatro que recebera o pomposo nome de George Alexander em homenagem ao Conselheiro do Mackenzie College, um importante educador da Instituição. Na verdade o tal anfiteatro era um local bastante restrito, com poucas cadeiras e cheirando a velho.A palestra estava marcada para as 14:00,mas atrasou cerca de 50 minutos e não nos foi dada qualquer explicação convincente do porquê. Achei o cúmulo que uma faculdade que se dizia tão de vanguarda acolhesse seus visitantes com tão pouco caso. Toda aquela falta de deferência me deixou de mal humor e não foi num dos meus melhores ânimos que entrei no local pra assistir a palestrante.
Sentei-me numa das fileiras da frente e procurei, dentro do possível, ajeitar minhas coisas numa daquelas cadeiras com braços feitas para escrever como se fosse possível conjugar mesa e cadeira numa única peça. Odiava esse tipo de móvel porque ou se senta direito sem os livros, ou se abre os livros e não se senta direito. Acabei me arrumando de qualquer jeito.
A palestrante chegou. Seu nome era Tábata. Entrou carregando uma série de folhas e livros. Vestida com simplicidade, com um terninho que já vira dias melhores sem dúvida, sorriu e disse:
- Peço desculpas pelo atraso. O trânsito não colaborou hoje.
Minha vontade era levantar a mão e dizer " - E como você acha que eu cheguei aqui? De helicóptero?" Mas me limitei a fazer um sorriso irônico enquanto ligava meu gravador de bolso.
- Senhor? - chamou olhando pra mim
- Eu? - respondi
- Sim, o senhor. Como é o seu nome?
- Paulo.
- Olha gostaria de solicitar que o senhor não utilizasse gravadores nessa palestra.
- Por quê?
-São normas da universidade. Aqui prezamos muito os direitos autorais.- respondeu sorrindo
Que cadela arrogante pensei. E ela acha que eu vou fazer o quê com sua palestra? Vender pra agentes da ABIN?
Naquela altura do campeonato eu já estava muito propício a levantar e sair do local,mas permaneci sentado e lentamente guardei o gravador de volta no bolso.
Satisfeita ela pediu que ligassem o retro projetor e começou a falar. Discorreu sobre a falta de apoio do governo aos papilocopistas, ao IML e aos demais profissionais que lidam com medicina legal. Falou sobre a análise da cena do crime, procedimento de apreensão de suspeitos e provas.Indicou bibliografia e, a seguir, chamou para os debates um segundo palestrante bem mais velho que ela e que deveria falar sobre ato médico.
Comecei a me interessar mais. Logo vi que o palestrante não era exatamente um especialista na área pois saiu desfiando, na minha ótica, uma série de absurdos. Defendeu com enorme veemência o ato médico dizendo que era um absurdo que se deixasse nas mãos de profissionais sem supervisão a vida e a mente de pessoas. Vituperou contra os psicólogos em geral que em sua opinião não teriam jamais competência suficiente para auxiliar na cura de pacientes a não ser com ingerência de psiquiatras, estes sim, com uma formação universitária melhor.
Senti meu sangue subir. Como se não bastasse todo o desconforto, o local mal ajambrado e ter levado pito de uma advogadazinha pé de chinelo, ainda tinha que atirurar o Matusalém falando sobre um assunto que estava na cara que ele não entendia nada. O que mais me doeu foi ver que a tal Dra. Tábata não se opôs a nenhuma afirmação dele. Levantei a mão:
- O senhor me permitiria uma pergunta?
- Pois não?
- O senhor está brincando?
A classe ficou num silêncio estarrecido.
- Desculpe, meu jovem, não entendi.
- Toda essa bobagem que o senhor acaba de dizer tem algum sentido? Porque se tem eu ainda não percebi.
O silencio, de constrangido, tornou-se hostil.Senti que havia mexido num vespeiro mas não pude me conter e continuei:
- O senhor realmente acha que quem ingressou numa faculdade de psicologia, passou 5 anos na faculdade, fez estágio, leu quilos de livros não tem compeTência para atender? O que acha que se faz numa faculdade de psicologia? Conversinha aplicada?
A Dra. Pontual levantou-se:
- O senhor é psicólogo?
- Sim!
- Logo vi! Uma indignação dessas não iria nascer de um advogado.
- Talvez se vocês se indignassem mais as coisas poderiam ser mudadas, não acha?
- Que coisas?
- Tudo! Vocês não se dizem operadores da lei? Eu não vejo lei alguma ser operada!
- O senhor está certo num ponto, somos operadores da lei, mas não a fazemos. Só podemos operar leis dentro de nossos limites e nossos limites infelizmente não abrangem a modificação dessas leis.
- Forma fácil de se eximir de qualquer responsabilidade não acha?
- Eu não estou me eximindo de nada. Estou explicando os limites da nossa profissão.
- Limitados eu já vi bem que vocês são mesmo!
- Sim, limitados às escolhas que o povo faz nas urnas. Povo que, por sinal, o senhor também faz parte.
Nesse momento da palestra alguns alunos e o palestrnte mais velho começaram a se levantar e a sair da sala. Não estavam interessados em debater nada com um "mero psicologozinho meio revoltado" . Um dos desertores ainda gritou:
- Que foi? Com medo de perder reserva de mercado? Calma que sempre vai haver possibilidade de algum psiquiatra precisar de assistente. Desempregado você não fica.
- Nem você, afinal tirar bandido da cadeia é a especialidade de vocês, não é?
- Cala a boca, palhaço.
- Senhores, calma. Em primeiro lugar deixe que o senhor Paulo fale. Ele tem direito a opinião dele tanto quanto todos aqui dentro e...
Nesse momento a maioria dos alunos tinha ido embora e me senti um tanto ridículo gritando com a advogada que ficara tentando apaziguar a situação. Levantei-se, juntei minhas coisas de qualquer jeito e me preparei pra sair quando escuto uma voz atrás de mim:
- Senhor Paulo?
- Que é?
- Será que o senhor me acompanharia num café? - gostaria de saber mais sobre o que o senhor pensa acerca do Ato Médico.
- E a senhora se importa com o que eu penso?
- Não precisa me chamar de senhora.
- Eu prefiro manter uma certa cerimônia com quem não conheço.
- Bom, se o senhor quer ser mesmo formal, então me chame de Dra.
- Por que? Vc tem doutorado? Nunca entendi esse complexo de médico que vocês advogados tem. Acho tão...
- Ok! Trégua - disse fazendo o sinal de tempo com as mãos - vamos fazer assim: você me chama de Tábata, desde que eu possa te chamar de Paulo e pagar um café pra você. Aceita?
Parei pra pensar um pouco. No final das contas ela não tinha dito nada a favor do ato e parecia genuinamente interessada em saber minhas opiniões. Além disso abriu um sorriso muito cativante que meio que me desarmou.
- Tá bom, respondi, vamos a esse café.
Saímos da faculdade e seguimos pra um barzinho bem simples ao lado do campus. Chamava-se Mackfil e era o tipico boteco com mesinhas de metal na calçada, cheio de universitários tomando o último chopp do dia. Nos acomodamos numa das mesinhas do fundo.
- Cafu, vem cá - ela chamou
- Oi Dra! O que vai ser hoje?
- Dois cafés por enquanto. Capricha, hem?
- Pode deixar.
Ela se voltou pra mim.
- Está mais calmo?
- Desculpa acho que exagerei um pouco.
- Que nada! o professor Azevedo já tem muitos puxa sacos... de vez em quando é bom encontrar alguém que não seja tão condescendente com ele.
-É que eu acho idiota que qualquer profissão tenha que passar pela chancela de outra pra poder ter validade.
- Mas você está certo. Eu também penso assim, afinal não vejo como um clínico geral por exemplo vai ter mais conhcimentos acerca da psiquê humana do que um psicólogo. Não faz sentido. É sua primeira vez aqui em Sampa?
- Sim, vim especialmente para a palestra.
- Conhecimento meio agitado esse, né?
- Pra dizer o mínimo... disse sorrindo
O café chegou e o papo prosseguiu. Ela era interessante, sabia falar de vários assuntos, e tinha um senso de humor que me agradava bastante. Quando olho no relógio várias horas haviam se passado.
- Nossa, olha a hora! Preciso ir!
- Vai voltar hoje pra Florianópolis?
- Não, só volto depois de amanhã, domingo.
- Vai passear, então?
- É...
- Espero que goste daqui e que ninguém do PCC te pegue - disse rindo
- Tomarei cuidado.
Levantamos e ela me estendeu a mão:
- Foi um prazer te conhecer, Paulo.
- O prazer foi meu. Obrigado pelo café.
Ela se virou e foi se afastando. Chamei-a de volta:
- Tábata?
- Hum?
- Você vai fazer alguma coisa amanhã?
- Tenho aulas de manhã,mas a tarde estou livre. Por quê?
- Será que você poderia me mostrar a cidade? Não conheço ninguém aqui.
Ela abriu um sorriso
- Claro. Onde você está hospedado?
- No Meliá Nove de Julho.
- Ok. Pego você lá amanhã. Tchau.
- Tchau.
No dia seguinte, depois do almoço, desci pra encontrar a Tábata na recepção. Ela estava vestida menos formalmente que no dia anterior com uma saia até os joelhos e uma blusa de alcinha. O coque rígido dos cabelos havia sido substituído por uma faixa que segurava os cabelos e os pés estavam envoltos em sandálias. Parecia muito menina vestida daquele jeito num contraste enorme com a advogada séria que eu vira.
Sorrindo, me cumprimentou com um beijo no rosto:
- Oi!
- Oi! Você está muito bonita.
- Obrigada... e então, pronto pra conhecer Sampa?
Assenti.
- O meu carro é aquele Santana ali. Vamos embora.
Entramos e seguimos pela Nove de julho, Rua Estados Unidos, Avenida brasil e chegamos ao Parque do Ibirapuera. Ela me levou a um museu japonês dentro do parque onde vimos objetos de uso cotidiano das famílias orientais como vasos antigos, fontes de água, pratos de porcelana, bonsais. Até mesmo uma armadura de samurai estava exposta lá e me deixou muito feliz que ela se lembrasse do papo do dia anterior, em que falei da minha fascinação pela cultura japonesa, e ela me fizesse essa surpresa. De lá caminhamos pelo parque observando a paisagem e aproveitando o mormaço já que o sol havia se escondido e o que sobrava era uma sensação de abafado não muito agradável.
- Ufa, que calor, hem? - ela disse
- Eu estou um tanto acostumados com calores - respondi
- Pq? Está na menopausa?
- Muito engraçadinha você.... lá em Florianópolis esse calor é comum.
- Eu devia já estar acostumada com esses abafamentos, mas...
Dizendo isso, Tábata levantou os cabelos no alto da cabeça para prendê-los e me presenteou com uma visão de seu pescoço. Por ele corria uma gota de suor que serpenteou colo abaixo descendo pelo vale entre os seios e indo desaparecer dentro da blusa. Observei meio fascinado o caminho que a gota fazia e tive vontade de seguir a gota com a língua.
- Paulo?
- Huh?
- Está tudo bem? Estou te chamando já faz um tempo...
- Desculpa, estava distraído.
- Escuta, vamos tomar um sorvete?
- Tomo, desde que eu pague
- Já que você insiste...
Vimos um carrinho desses da Kibon de sorvete de massa do outro do parque e atravessamos uma ponte pra chegar até lá. Nesse momento o mormaço deu lugar a um ventinho meio frio e mal intencionado que prenunciava chuva iminente.
- Tábata, talvez seja melhor a gente procurar um lugar coberto. Tá com cara que vai cair um chuvão.
- Tem razão,mas eu não vou correr com o sorvete na mão de jeito nenhum...
- Acho que não vai precisar. A chuva ainda deve demorar um pouquinho.
Digamos que, como metereologista, eu sou um bom psicólogo. Foi acabar de falar e veio a tempestade. Enormes gotas dágua caíram e nós dois sem poder correr por causa do sorvete recém comprado, andamos lentamente até um local coberto. Obviamente, ao chegar lá, estávamos ensopados e o sorvete tinha virado um angu.
- Digamos que ficamos sem sorvete. Talvez devêssemos ter corrido. Desculpa, Paulo.
- Imagina, Tábata, não tem problema...
E não tinha mesmo. Com a chuva a camiseta clara que ela usava grudou-se toda no corpo revelando um par de seios com bicos escuros e grandes meio duros pelo frio. Tentei não encarar,mas não consegui: era tentação demais.
- Paulo?
- Huh?
- Vê alguma coisa de que gosta? perguntou num tom meio zangado
- Eu, é...
- Você é cara de pau pra caramba, né?
- Desculpa Tábata, eu não pretendia...
- Nunca ninguém pretende. Por isso que o inferno está cheio de bem intencionados.
- Agora você está exagerando...
- Exagerando? Pô te trago na maior das boas vontades e na primeira oportunidade você fica olhando meus peitos?
- E o que vc queira que eu fizesse? Eles estão a mostra!
- Como assim à mostra?
- Sua camiseta está completamente ensopada. Lógico que eu ia olhar, eu não sou de ferro!
- Imbecil!
- Péra aí, também não xinga!
- Pô, Paulo, isso não se faz!
- O quê?
- Ficar olhando, ué!
- Ah, Tábata, pára de agir feito uma virgem recatada vai?
- Como é que é?
- Você me ouviu.
- Não é questão de agir como uma virgem recatada. É questão de esperar um pouco de respeito.
- Você quer respeito? Então dê-se ao respeito...
- E eu não me dou ao respeito, seu imbecil?
- Se você estava tão preocupada porque não se cobriu?
- E primeiro lugar porque não deu tempo. E em segundo lugar porque achei que não precisasse me preocupar com um imbecil olhando meus peitos.
- Não me xinga!
- Mas é um imbecil mesmo.
- Posso até ser,mas não sou falso moralista feito algumas pessoas que eu conheço...
O tapa em cheio no meio do rosto me pegou de surpresa.
- Eu NÃO sou falsa moralista - sibilou ela furiosa
- Tá, retiro o que disse. Você está precisnado é de uma boa transa, isso sim.
Dessa vez eu consegui segurar o pulso dela antes que atingisse meu rosto e a puxei pra perto de mim.
- Me solta, seu im...
Calei a boca dela com um beijo. Ela resistia, tentando me empurrar.
- Me larga!
- Pára, sua gata brava!
- Não páro e não vou ficar quieta, seu...
A calei novamente com um outro beijo. Ela ainda resistia, mas aos poucos foi correspondendo espalmando as mãos no meu peito relaxando o corpo junto do meu.
- Paulo... eu...
Mais uma vez tomei conta da boca da Tábata que me envolveu meu pescoço com as mãos enquanto me puxava mais pra perto. Ela gemia baixinho se esfregando em mim, se esticando toda para abrir espaço pra minha boca encher de beijos seu pescoço.
Que mulher cheirosa. Não sei se foi a chuva que acentuou, mas dela vinha um cheiro meio almiscarado, doce. Parecia um bichinho no cio implorando pra ser coberto.
Sem deixar de beijá-la fui nos deslocando até um local um pouco mais reservado perto de um grande carvalho. A encostei na árvore enquanto puxava as alças da camiseta pra baixo desnudando os seios dela. Tomei ambos nas mãos e os acariciei devagar. A chuva continuava a cair e, quando abaixei a cabeça pra tocar os seios dela com a língua, minha boca ficou umida com os pingos de chuva que escorriam.
Senti que ela começava a sair da passividade e a querer brincar também. Começou a tatear meu corpo em busca do botão da calça que eu usava e com certa dificuldade o abriu. Com uma lentidão torturante desceu o ziper e me tomou nas mãos. O contraste do frio da chuva com aquela mãozinha quente me deixou mais excitado ainda, meu sexo pulsando fora de controle. Não pude conter um gemido de antecipação enquanto ela explorava meu pênis com a ponta dos dedos e tentava encontrar uma posição mais confortável para me segurar.
Depois de algumas tentativas frustradas, acabei ajudando, e ela começou a movimentar a mão para cima e para baixo primeiro com vagar e aos poucos aumentando o ritmo. Que delícia. Deixei que ela fizesse o que quisesse por alum tempo até que percebei que não aguentaria mais e segurei sua mão.
- O que foi, não está gostoso?
- Até demais... suspirei
Ela sorriu e tornou a me beijar. Peguei seus pulsos e os mantive acima da cabeça dela grudando todo meu corpo junto do dela, colando-a toda na árvore. Aos poucos desci minhas mãos pelos braços, pelo contorno dos seios, pela lateral da barriga até chegar à saia. Levantei a saia até a altura da cintura dela.
- Paulo, não, espera...
- O que foi?
- E se alguém ver?
- Ninguém vai ver. Confie em mim.
Deslizei a mão por entre suas coxas e puxei a calcinha dela já bem molhada pra o lado desnudando seu sexo. Com cuidado a penetrei.
Ela me abraçou me enlaçando a cintura com os joelhos enquanto me movimentava pra dentro e pra fora dela ritmadamente. Aos poucos senti que nós dois arfavámos ao mesmo tempo e ela baixinho chamava meu nome:
- Ai, Paulinho...
Naquele momento acho que nem se quisesse eu poderia parar. Senti os primeiros sinais do meu gozo chegando e me abandonei as sensações que tomavam conta do meu corpo.
Quando voltei a mim a puxei para perto envolvendo-a num abraço. Ao tocar suas costas vi que estavam raladas pela casca da árvore e fiquei preocupado.
- ô linda, você se machucou?
- Não foi nada...
- Foi sim, está sangrando um pouquinho...
- Não se preocupe, está tudo bem.
Ficamos em silêncio por alguns minutos.
- Talvez fosse bom eu levar você até o hotel pra você ver essas costas e pegar uma camiseta emprestada. Vai ficar difícil de explicar pra sua mãe quando você chegar em casa...
- Ok, então. So não sei se vou ser capaz de dirigir com a perna bamba desse jeito.
Voltamos calados até o carro dela. Ao que pareceu ela se recuperou com a caminhada pois sentou-se ao volante e nos levou até o hotel sem grandes problemas.
Chegando lá, dado o estado das roupas dela e de suas costas,sugeri que ela tomasse um banho enquanto eu descia pra pegar alguma coisa pra comermos. Quando voltei ao quarto a escutei no chuveiro cantando uma antiga música do Chico Buarque:
- E pela porta de trás/ Da casa vazia/ Eu ingressaria/ E te veria/ Confusa por me ver/ Chegando assim/ Mil dias antes de te conhecer ...
- Tábata, quer uma coca?
- Assim que eu sair daqui, obrigada - respondeu
- Precisa de toalha?
- Não, aqui tem...
- Bom, então acabo de ficar sem desculpas pra entrar aí
- E desde quando você precisa de desculpas pra entrar?
Sorri. Me despi e fui encontrá-la debaixo do chuveiro:
- Oi!
- Oi! Vem cá que eu quero te dar um banho...
- Oba vou ser mimado então? perguntei
- Bastante.
Ela me puxou pra perto enquanto com muito carinho ensaboava minhas costas com uma esponja que encontrara lá. Difícil descrever a sensação de estar sendo cuidado desse jeito. Não era apenas uma coisa de pele, de carne na carne, de desejo mútuo. Era um tipo diferente de toque, delicado, meigo.
Não sei quanto tempo me deixei ficar nos braços dela, sob o contínuo carinho até que saímos do banho para a cama.
Final de tarde, a temperatura baixara um pouco e a arrumadeira havia posto dois cobertores na imensa cama de casal do quarto. Tomei-a pela mão e nos encorujamos debaixo daquela tepidez. Agora eu teria tempo pra fazer amor com ela devagar, pra curtir cada centímetro do corpo dela.
Passamos aquela tarde inteirinha fazendo amor. Lembro de tê-la feito gritar algumas vezes e de ter adorado escutá-la fora de controle embora não fosse muito fã de escândalos na cama. Lembro dela me cavalgando, o cabelo solto, de vê-la de olhos fechados sempre repetindo meu nome numa espécie de mantra "ai Paulinho, ai Paulinho..."
Lembro de termos parado para comer e de como devoramos o chá da tarde do hotel embrulhados no cobertor. Acho que foi um dos melhores pães doces que comi até hoje...
Por fim, ela adormeceu em meus braços em paz. Parecia estar tão relaxada e tranquila que me senti triste de ter que acordá-la pra que ela pudesse ir pra casa:
- Tábata?
- huh?
- já são 22:00
- Nossa, tudo isso? Preciso ir! Obrigada por ter me acordado.
- De nada! Vc quer que eu te leve depois eu pego um taxi de volta.
- Não, Paulinho, não gaste seu dinheiro. Eu estou de carro, lembra?
Assenti. Ela se vestiu:
- Que horas vocês vai embora amanhã?
- dez da manhã
- Ah...
- Queria muito ter ver antes de ir. Será que dá?
- Acho que sim. Amanhã cedo eu passo aqui. Só não posso te levar ao aeroporto.
- Tudo bem, nem precisa, eu já marquei com um taxista.
- Então tá. Amanhã a gente se vê, então.
Ela se levantou e nós nos beijamos. Apertei-a junto a mim com tanta força que ela gemeu:
- Nossa Paulinho, calma...
- Vou sentir sua falta...
- Eu também! Até amanhã.
- Até!
Ela foi embora e eu caí na cama numa divina exaustão.
Oito da manhã do dia seguinte o telefone toca:
- Senhor Paulo o taxista está a sua espera.
- Obrigado!
Me senti um pouco desapontado. Achei que a Tábata fosse aparecer,mas pela voz do recepcionista, apenas o taxista me esperava.
Juntei minhas coisas, dei uma última olhada no quarto e desci.
Na recepção pedi pra que fechassem minha conta e, ao fazer menção de sair do hotel, o recepcionista diz:
- A mocinha de ontem deixou uma encomenda pra o senhor hoje bem cedo.
- Por que você não me interfonou? - perguntei um tanto irritado
- Desculpe, senhor, mas ela pediu que não o incomodássemos. Aqui está.
Ele me passou às mãos uma grande caixa de papelão. Dentro havia um bonsai comprado no museu que havíamos visitado no dia anterior, e um cartão:
" Daqui para a frente, só boas viagens. Um beijo. Tábata"