terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cunhado

Fins de semana com gente desconhecida nunca foi um programa interessante. Especialmente se é a primeira vez que você visita a casa deles. Mas esses passeios têm suas compensações se existe um cunhado altamente comível...
Depois de algum tempo de estrada eu só queria descansar. A poeira, o tempo seco, o calor tudo me deixou com dores no corpo e com certo mal humor.
Pra meu desapontamento advinha se não tive que chegar a casa e topar com duas coisas que detesto: fazer média com gente chata e agüentar hipocrisia entenda-se quartos separados com meninas pra um lado, meninos pra outro... Sem comentários. Mas casa dos outros é casa dos outros e eu não tinha escolha a não ser me resignar.
Larguei minha mala em cima da minha cama e já ia me despindo quando ouvi uma voz:
- Ã... oi! Vc deve ser a Marina.
Recoloquei a blusa correndo, coração aos pulos:
- Ai, me desculpa, não sabia que tinha alguém aqui.
- Sem problemas. Meu nome é Rafael sou o irmão mais velho do Luciano.
- Muito prazer Rafael. E você acertou: eu sou a Marina.
Estendi a mão pra ele e ele a tomou. Tinha uma mão quente com um aperto firme e lindos olhos negros.
- Você chegou faz tempo, Rafael?
- Chegamos minha noiva, a Gabriela, e eu ontem.
- Ah, vc está noivo?
- Sim, me caso em setembro.
- Parabéns! Está animado?
- Estou sim. Mas a Gabi ta ficando louca com tantos preparativos...
- Ô Rafael, amoooor, cade vc? – era Gabriela quem chamava
- Aqui no quarto!
Gabriela entra com uma revista na mão:
- Amor, olha que lindo esse vestido eu... ah, oi! – disse me olhando
- Oi, você é a Gabriela, né? Eu sou a Marina, namorada do Luciano.
- Ah, você é a famosa Marina? O Luciano fala muito de você.
- Bem ou mal?
- Bem, claro...
- Estou só brincando com você.
Admirei o bonito casal que eles formavam. Ela era ruiva, mignon, com um par de seios lindos emoldurados por uma blusa com generoso decote. Sorri:
- Bom, melhor ir procurar o Lu senão ele vai pensar que eu sumi – gracejei
Saí em busca do Luciano e o encontrei na cozinha fazendo um café:
- Oi, Coração! Gostou da casa?
- Muito. É uma casa muito gostosa, querido.
Ele sorriu.
- Ah, conheci seu irmão e sua cunhada também.
- Já?
- Pois é. Batemos um papo rápido. Simpáticos.
- Quer café? Ta fresquinho. Pegue uma xícara pra você.
Sentamos a mesa e tomamos nosso café. O dia findava.
Após o café, como estava um tanto cansada, decidi tirar uma soneca antes do jantar. Convidei Luciano pra me acompanhar,mas ele já havia sido recrutado pra ir ao supermercado. Assim me larguei na cama de roupa e tudo esperando acordar no máximo umas duas horas depois. Qual não foi minha surpresa quando olhei no relógio e eram três da manhã! Claro que havia perdido o jantar e morta de fome decidi dar um pulinho na cozinha.
Troquei de roupa, coloquei a camisola que havia levado e pé ante pé fui pra cozinha. Dei sorte: em cima da pia havia uma lata de sorvete de chocolate que, ao que tudo indicava alguém tinha se esquecido de guardar.
Investigando dentro dos armários achei pratinhos de sobremesa e colheres, e me servi de uma boa quantidade. Ao me virar pra retornar ao meu quarto, esbarro em Rafael:
- Nossa que susto! – disse. É a segunda vez hoje que eu não vejo você...
Ele sorriu:
- Gosta de sorvete pelo visto...
Fiquei meio sem jeito:
- Sim. Sou meio esganada pra sorvete de chocolate E você? Gosta de sorvete, Rafael?
- Sim. Muito.
Peguei um pouco com a colher e levei o doce à boca; no meio do caminho um pouquinho caiu no meu queixo e colo.
Percebi que Rafael sutilmente seguiu o caminho que o sorvete fez em direção ao vale entre meus seios. Fingi nada perceber:
- Ai droga, babei sorvete. Tem um guardanapo aí?
- Não. Mas pode deixar que eu limpo.
E dizendo isso, Rafael colocou seu rosto entre meus seios e lambeu o sorvete que lá havia.
Fiquei paralisada olhando pra ele.
- Durma bem, Marina...

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