domingo, 9 de dezembro de 2012

Doce Paulistana



Sou professor. Minha sala de aula é formada por uma maioria esmagadora de meninas, todas sonhando um dia em ser psicólogas. Nesse ambiente é difícil não se sentir atraído por alguém, especialmente quando se mora num estado como Santa Catarina e se leciona numa cidade como Florianópolis onde a beleza costuma ser meio que um cartão de visitas.
Contrariando todas estatísticas possíveis fui viver uma história um tanto inusitada com uma paulistana que nada tinha a ver com minha vida.
Conheci a Carol em 2001 via net. Não me lembro exatamente quando entrei pela primeira vez no blog dela, mas me lembro de ter gostado do que ela escrevera a respeito de um filme e deixei um recado. Ela respondeu e assim começou uma amizade.
De lá pra cá acabamos descobrindo um interesse mútuo por filmes, livros. O interesse não ficou só aí: uma atraçãozinha mútua começou a se desenvolver entre ela e eu, mas que não pode ser levada adiante por um série de razões.
O sonho da Carol é passar num concurso público e por isso ela vive enfiada num monte de livros. Não trabalha, o que as vezes me irrita pois me passa a sensação de que ela vive uma vida muito adolescente para os seus 31 anos de idade. Nossa primeira grande discussão ( se posso chamar assim um recado no celular aos prantos me xingando de tudo que é nome) se deveu por causa desse assunto. Creio que, em todos esse anos de amizade, foi a única rusga assim "mais séria" entre a gente.
Dia desses ela me ligou pedindo um favor: iria fazer uma prova pra concurso público aqui em Floripa e me pediu abrigo durante uma noite. Já havia oferecido a casa a ela se precisasse, então não vi grandes problemas na vinda dela desde que me avisasse com antecedência. 
Chegou aqui com os cabelos presos, de jeans, camiseta e o inseparável walkman. Carinha de nerd que só ela. Largou a mala que trouxera na minha casa e saiu correndo pra fazer a prova.Me ofereci pra buscá-la,mas ela recusou. Assim, disse que a esperaria em minha casa quando ela acabasse.
Feita a prova ela regressou meio tristinha querendo conversar. Não tinha ido tão bem quanto esperava. Disse a ela que não se preocupasse, que esperasse o resultado antes de ficar daquele jeito. No meio do papo, meu celular toca : era o chefe de departamento pedindo minha ajuda para resolver algumas pendengas na faculdade. Pedido de chefe, sabe como é, tem que atender.Expliquei que precisava ir à faculdade,mas,que se ela não se importasse de ficar lá comigo, de lá sairíamos pra comer alguma coisa.
Convite feito, convite aceito decidi tomar o ônibus até lá. Depois de um tempo no ponto eis que o ônibus surge completamente lotado. Meio sem jeito perguntei se ela se importava de ir esmagada mesmo senão dividríamos um taxi. Sorrindo, ela nem respondeu: subiu no ônibus.
Atravessar o corredor foi um parto,mas depois de algum tempo acabamos conseguindo um lugarzinho no fundo da condução.Fiquei com as costas encostadas na parede e ela com as costas encostadas em mim.
No meio do caminho percebi que ela começou a me provocar sutilmente. Num primeiro momento encostou de leve o corpo dela no meu, o que aceitei com naturalidade dado o espaço minimo que havia. Comecei a notar, porém, que ela tentava se aninhar junto a mim. Depois de duas investidas eu tentei afastá-la de mim sem sucesso. Confesso que ter um corpo de mulher, ainda mais o dela que havia sido agraciado com um generoso bumbum, tão junto a mim não era de forma nenhuma algo ruim e fui me deixando levar.Parei de resistir.
Percebendo isso ela passou a uma nova forma de ataque: a cada redução de velocidade do ônibus ela se colava toda em mim acariciando meu corpo com o dela.. Dificil dizer quanto tempo essa doce tortura continuou. Minha vontade de tê-la foi aumentando, meu sexo pulsava sem controle meio estrangulado pela calça. E ela não parava.
Cumprido o trajeto descemos do ônibus. Eu não sabia como reagir a isso, se conversava ou ficava quieto. Olhando para ela, vi que seu rosto estava um tanto afogueado, a camiseta meio em desalinho revelada uma nesga de pele na altura da cintura, pele que eu já tinha tocado uma vez levemente numa das vezes em que a tive nos braços o que me deixou mais louco ainda,mas só. Ela parecia tranquila e, sem saber muito bem o que pensar, porque nunca tinha sido vítima de um assédio tão explicito e ao mesmo tempo tão velado, acabei ficando quieto e cumprimos o resto do trajeto a pé falando sobre amenindades.
Chegando à faculdade a deixei numa sala contígua à minha dizendo que assim que acabasse de corrigir as provas pendentes conversaríamos.
Entrei em minha sala, separei as provas sobre a mesa e comecei a corrigi-las. Bom, pelo menos tentei. Percebi que não conseguiria fazer nada naquela tarde. As lembranças do corpo dela junto do meu no ônibus afloraram e mue corpo reagiu de imediato. Tentei me controlar fechando os olhos como se assim pudesse fechar os olhos da mente e então ouço uma voz atrás de mim:
- Dificuldades pra corrigir as provas, Paulinho?
Tive um sobressalto mas logo respondi
- Um pouco,mas devagar eu chego lá.
- Algo que eu possa fazer pra ajudar?
Se ela soubesse... acho que podia pensar num milhão de formas pela quais ela poderia ajudar. Infelizmente nenhuma delas se relacionava com correção de provas.
- Não pode deixar. Quer ler alguma coisa enquanto espera?
- Eu trouxe um livro fica tranquilo. 
- Então tá.
Voltei minhas atenções para as provas e ouvi o suave som da porta se fechando atrás de mim e tentei me concentrar nas provas a serem corrigidas. Eis que sinto uma boca percorrendo meu pescoço:
- Pelo visto ,você precisa de ajuda sim...
Agora não havia mais como esconder o volume nas minhas calças. Meio sem jeito tentei me explicar:
- Olha, Carol...
- Hum? - respondeu sem deixar de me beijar o pescoço
- Será que aqui é bom lugar pra gente fazer isso?
- Isso o quê? Senti que a mão dela tentava abrir caminho pela camisa que eu usava.
- Isso, eu...
- Não está gostoso?
- Está sim, mas.. não pude segurar um gemido quando senti as mãos dela brincando com os pelos do meu peito. Era uma mãozinha pequena,mas muito esperta que soube explorar muito bem a área.
- Então, aproveita.
Diante de um pedido desses fica difícil se fazer de rogado,mas eu ainda tentei:
- Mas, Carol...
- Huh? a mão dela já brincava com os botões da minha calça
- E se...
- Shhhhh... relaxe.
Nesse momento a mão dela já tinha percorrido o resto do caminho e minha coerência ido pro vinagre. Como era bom sentir aquele carinho feito com tanta doçura e tão bem.
Deixei que ela me acariciasse por algum tempo e me levantei da cadeira para abraçá-la, mas fui barrado:
- Não. Hoje você é meu. - disse, dona da situação.
Nunca pensei que ela pudesse ser assim desinibida,mas pra que discutir? Com vagar ela tirou sua blusa e a minha e novamente se encostou toda em mim. Imagens do interludio no ônibus encheram minha mente enquanto ela percorria com as mãos e boca meus ombros deixando um rastro de saliva e fogo por onde passava. 
Ficou nesse joguinho algum tempo até que eu não aguentei mais e a tomei nos braços. Explorei-lhe a boca com calma enquanto ela se agarrava a mim em total abandono.
No meio das carícias pedi a ela:
- Posso fazer uma coisa?
- O quê?
- Soltar seus cabelos? Nunca vi você de cabelo totalmente solto.
Ela abriu um dos sorrisos mais lindos que eu já vira e balançou a cabeça em assentimento. Soltei seus cabelos negros que cascatearam pelos ombros. Embora ela se esforçasse muito para mantê-los lisos e em controle, eu os gostava cacheados e livres como estavam naquele momento. Mergulhei meu rosto naquela montanha de cachos sentindo o perfume que vinha deles.
Eu ainda não conhecia direito o corpo dela. Não era uma total incógnita pois já vira e tocara uma vez, mas sabia que havia muito a descobrir. Pedi a ela que se deitasse sobre minha mesa para olhá-la. Ela relutou um pouco,mas vencida pelos carinhos que lhe fazia acabou sucumbindo.
A observei: os seios, médios, barriguinha saliente, o quadril largos, o púbis recoberto de pelos, as pernas grossas. Longe de ser magra, ela tinha curvas.
Após algum tempo de contemplação me levantei para tocar os seios dela e constatei que cabiam em minhas mãos. Tinham bicos rosados e pequenos agora entumescidos pela excitação e pelo frio. Detive-me lá apenas para tocá-los de leve com língua ouvindo a respiração dela tornar-se um arfar:
- Gosta disso? Perguntei
- Mu, mu, muiiito... respondeu entre dois arquejos
- Eu também. Seu gosto é suave aqui, Carol.
Continuei descendo disrtibuindo pequenos beijos por onde passava até alcançar seu sexo. Quando a toquei ali, senti seu corpo estremecer inteiro. Ela estava quente e úmida e a cada investida de minha língua ela gemia mais alto.
Comecei a me preocupar com os decibéis, afinal estávamos na faculdade e era possível ouvir os alunos andando de lá para cá nos corredores. Sussurrei:
- Carol, gema mais baixo, linda... 
- Ai, eu estou tentando mas tá difícil - sussurrou de volta enqunto mordia o próprio braço para abafar o som.
Fiquei nessa carícia até deixá-la perto do gozo e repentinamente parei. Ela soltou um grunido de insatisfação e balbuciou bem baixinho:
- Ai Paulinho, por favor, termina, eu não tô aguentando mais.
O que ela não sabia era que eu estava determinado a me "vingar", por assim dizer, do que acontecera no ônibus. O que eu não sabia era que ela era um tanto persistente nas coisas que queria.
Olhei para ela e disse:
- Carol, aqui não é o melhor lugar pra terminarmos. Vamos pra minha ca...
Não consegui terminar. De um salto ela se levantou e sem qualquer cerimônia ajoelhou-se e me tomou inteiro em sua boca.
Todo pensamento racional desapareceu. Eu só conseguia sentir. Que boca sôfrega, um misto delicioso de lábios, boca e língua me entorpecia os sentidos. Com as pernas bambas me sentei de volta na cadeira e deixei que ela comandasse. Eu passara de dominador a dominado novamente.
Senti que se continuasse assim por mais tempo não resistiria e som alguma relutância a afastei de mim puxando -a de encontro a minha boca:
- Ai, Carol, que delícia... 
Ela me beijou com tamanha fome que parecia que o mundo ia acabar naquele momento. Foi um embate sem fim de línguas, cada um querendo superar o outro.
- Ah, Paulo, por favor, faz amor comigo, faz? Por favor... 
Essa frase me fez sorrir intimamente. Eu já a ouvira dela,mas, na época soara mais como uma vontade e menos como uma promessa, como agora.
Pedi que viesse se acomodar sobre mim. Com vagar me encaixei nela. Tão quente, tão quente... me sentia sugado pra dentro dela. Com cuidado comecei a estabeleceu um ritmo junto com ela. Aos poucos fomos nos acertando, a cadeira não ajudava muito. Depois de um tempo o ranger da cadeira que se tornava mais alto a cada vez que nos movíamos passou de um barulho irritante a um acompanhamento perfeito para cada ida e vinda que fazíamos.
Olhei para ela enquanto fazíamos amor. Percebi que ela não me olhava diretamente. Dava pequenos olhares de relance,tentava esconder-se atrás da nuvem de cachos que lhe caíam sobre os olhos ou escondia seu rosto em meus ombros fechando os grandes olhos castanhos. Pedi:
- Carol, abra os olhos, olhe pra mim.
- Não consigo,Paulinho - respondeu a voz entrecortada pelos gemidos
- Consegue sim - insisti - abra os olhos.
Devagar ela abriu os olhos. Seus cabelos em desalinho formavam uma pequena cortina cobrindo uma parte de seu rosto. Retirei os cachinhos teimosos e olhei dentro daquele mar castanho escuro.
Ela me fitava de volta, um meio sorriso nos lábios, as mãos entrelaçadas com as minhas para ajudar no movimento. Aos poucos o sorriso foi se desfazendo enquanto sua boca descrevia um arco abrindo-se num grito silencioso. Cabeça jogada para trás, ela soltou um longo e doce gemido, estremeceu interinha o corpo tomado por espasmos e aquietou-se.
Nesse momento soube que não precisaria ficar mais me segurando e passei a determinar o ritmo segurando-a bem junto a mim. Senti que meu orgasmo estava perto e vinha com uma intensidade única depois de tanto adiar o momento. Afundei meus dedos nas nádegas dela enquanto ejaculava em longas golfadas, agarrado a ela.
Passado o momento do clímax,corações descompassados ficamos enroscados enquanto eu deslizava as mãos com muita delicadeza pelas costas dela. Senti algo molhado nos lábios e ao tocá-los descobri que na ânsia do beijo ela havia me cortado. Mas nem me importei.
- Paulinho?
- Huh?
- Tenho uma confissão a fazer. Alías, duas.
- Diga.
- Promete que não fica bravo?
- Só não me diz que você está com alguma DST...
Levei um tapa de leve.
- Claro que não seu bobo - disse rindo
- Então, pode falar.
- Eu te provoquei de propósito no ônibus.
- É, eu notei... 
Ai foi o momento dela se sobressaltar:
- Notou, é? - ela perguntou corando
- Claro, não foi tão difícil assim perceber. - respondi
- Difícil foi fazer cara de paisagem quando descemos do ônibus - ela respondeu
Não pude conter uma risada.
- Você é a primeira candidata a sedutora que eu conheço que fica vermelhinha quando é pega em flagrante... 
Ela sorriu olhos baixos.
Houve uma pausa e então perguntei:
- E qual a outra confissão?
- Eu não vim aqui pra fazer prova nenhuma...
Aí, quem caiu das nuvens fui eu.
- Como assim? Você saiu de casa, voltou um tempo depois dizendo que não tinha ido bem e tudo... 
O que vc ficou fazendo naquele tempo todo?
- Fui até o shopping ver um filme e fazer hora.
Parei, meio atônito com a revelação.
- Mas, Carol, se você não veio aqui pra fazer a prova então porque veio?
- Porque queria fazer amor com você - respondeu desviando o olhar.
Segurei seu queixo pra que ela me fitasse.
- Sabe o que é mais irônico, Carol?
- Não, o quê?
- O fato de, apesar de adorarmos ficar de papo furado pelo telefone, nossa melhor comunicação ser feita assim, sem palavra

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