domingo, 16 de novembro de 2008

Beijo Roubado



Sabe qual o melhor beijo? Aquele que você não espera, que chega de repente,
que abala de um jeito que sua perna treme, sua cabeça lateja, seu estômago parece que
tem uma coleção de borboletas "avoando".
Pois é. Fazia tempo que eu não ganhava um beijo assim, até que o improvável apareceu
e o inesperado se fez:
- Vem aqui mais perto... - ele diz num sussurro
E nossas bocas se encostaram. Só as bocas, mais nada. Ah.. o gosto dele, a língua
atrevida rodeando meus lábios, se insinuando languidamente. Eu tento parar pra tomar
fôlego ele não deixa, ele explora, ele atiça. Não consigo e nem quero resistir a uma
invasão tão gostosa.
Ele beija devagar saboreando o que faz. Por alguns minutos, eu
esqueço de onde estou, eu não escuto, eu não vejo. Só sinto. Minha vontade é de acariciá-lo, mas não posso. Nem ele.
Naquele curto espaço de tempo eu me permito não raciocinar.
Devagar ele vai diminuido a intensidade das investidas, vai se despedindo. Nossos lábios vão se separando quando... ele retorna mais uma vez e mais uma vez eu abro minha boca e deixo que ele a descubra com carinho. Tão bom, tão bom.
Que lingua esperta... que boca quente... um beijo molhado, longo. Gosto do cheiro, da textura da pele dele, de perceber sua respiração acelerar enquanto nos acarinhamos, de seu hálito doce quando paramos por segundos pra retomar o fôlego.
Relutantemente, com o coração acelerado, eu me afasto e me sento numa cadeira perto dele. Páro pra fitar os
grandes olhos castanhos desse moço e meu pensamento viaja num universo de possibilidades.
Durante a tarde que passamos juntos, flashes desse beijo me vêm a mente. Inconscientemente passo a mão em meus lábios querendo que o momento volte.
Não tem nada como um beijo roubado. Nada.

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