quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sábado


Confesso: eu estava nervosa. Difícil dizer o quanto me surpreendeu e (por que não?) envaideceu o convite:
- Ju, estou aqui em casa sozinho de bobeira. Você não quer aparecer pra colocar o papo em dia?
- Se for só o papo...
- Você sabe que não é só o papo
- Eu sei só estou te enchendo
- E eu estou só continuando o papo...
Senti-me na obrigação de avisá-lo:
- Olha, eu to mio gordinha...
- Ué, vc engordou desde última vez que nos vimos?
- Não, até emagreci, mas...
- Bom, eu estou em perfeita forma. De quibe...
Ri intimamente. Ele continuou:
- Olha, Ju, o fato de eu estar acima do peso te incomoda?
- Não
- então porque o fato de você achar que está acima do peso deveria me incomodar?
Nesse momento parei de me preocupar.
Peguei um táxi num misto de regozijo, medo, ansiedade, aflição e sabe-se lá mais o quê. O trajeto foi relativamente curto, mas pra mim pareceram horas.
Chegado na frente do prédio dele, me fiz anunciar e claro entrei no lado errado do edifício o que me obrigou a retornar ao lado correto sob o olhar divertido do porteiro:
- Moça, é por aqui.
Um último retoque na frente do espelho do hall e tomei o elevador.
Quando ele me abriu a porta não sabia como agir. Sorri:
- Oi
- Oi, entra. Espero que não se incomode com a bagunça
- Não, imagina.
Ele me olhou cofiando a barba:
- E aí, já tinha me visto de barba?
- Não. Gostei. Te deu um ar de intelectual.
Vi a TV ligada:
- O que vc estava assistindo?
- MTV. Está uma porcaria...
Me sentei no sofá e ele se acomodou ao meu lado. Não tive tempo pra dizer nada: ele me puxou pra perto tomando minha boca num beijo delicioso. Tinha uma boca absolutamente sôfrega. Me colou de encontro ao corpo dele enquanto eu envolvia as mãos nos em seus cabelos negros lisos. Ele deslizou os lábios meu pescoço abaixo se detendo no meu colo. Aos poucos foi me deitando no sofá enquanto se acomodava sobre mim. Percorreu meu corpo com as mãos ainda por cima da roupa enquanto eu o enlaçava pela cintura com as pernas.
Depois de um tempinho nesses carinhos ele se levantou e me tomou pelas mãos me levando até o quarto dele. Chegando lá o afã era tão grande de se tocar que disputamos quem tirava a camiseta do outro primeiro. Acabei ganhando e pude senti-lo então colado a mim, coração descompassado, membro duríssimo. Caímos na cama aos beijos.
Com certa urgência ele puxou minha calça pra baixo enquanto beijava meus seios com certa sofreguidão. Eu me contorcia de prazer debaixo dele. Ele deslizou a boca dos meus seios pra minha barriga e daí pro meu sexo. Estava completamente molhada quando senti sua língua me tocando primeiro com vagar depois com mais pressa. Eu me arqueei toda empurrando meu clitóris de encontro aos lábios dele. Não conseguia me conter e repetia o nome dele numa espécie de mantra:
- Ai,, ai...
Ele se deteve por alguns minutos e deitou-se a meu lado voltando a me beijar. Senti que agora poderia responder aos carinhos e tomei seu pênis inteiro dentro da boca enquanto acariciava suas coxas. Ele gemeu baixinho e eu me pus a lambê-lo em toda sua extensão. Por um momento o observei: estava de olhos fechados, cabeça jogada pra trás um meio sorriso nos lábios.
Voltei a beijá-lo e ele voltou a deitar-se sobre mim. Abri minhas coxas esperando por ele. E ele veio: doce, gentil, terno. Me penetrou com cuidado eu ajudando sentindo-o todo dentro de mim. De repente ele me puxou pelas mãos e sem sair de dentro de mim me colocou sobre ele. Então ele gostava de ser cavalgado... Uma grata surpresa.
Voltei a me deitar e esperei por ele. Senti meu gozo chegar e tremendo o enlacei pelos ombros. Gozei deliciosamente. Ele ainda continuou se movimentando até que ouvi um gemido muito baixinho e o corpo dele estremeceu todo. O gozo havia chegado pra ele também.
Ele tomou minhas mãos entre as suas e, deitando do meu lado, mergulhamos juntos numa divina exaustão.

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